As 2 pontes em construção sobre a represa Billings, em São Paulo, já começam a aparecer. As obras-de-arte, que terão como função vencer o lago da represa, integram o terceiro dos cinco lotes do traçado sul do Rodoanel Mario Covas, que terá no total 61,4 km de extensão.
A cargo do Consórcio Queiroz Galvão/CR Almeida, as pontes são estimadas em R$ 350 milhões, segundo a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). Cada uma terá 15 vãos centrais de 107 m e outros dois na extremidade, com 75 m. Cada tabuleiro terá 1.755 m de comprimento, 16 m de largura e 3 faixas de rolamento.
O consórcio instalou uma usina de concreto no canteiro e outras duas às margens da represa para fabricar peças pré-moldadas e estacas das fundações. As estacas não possuem emendas e variam entre 20 a 50 m de comprimento, 800 mm de diâmetro externo e a carga de trabalho é de 300 t. As peças são levadas ao meio da represa até duas ilhas flutuantes, onde estão localizados guindastes de 150 t e martelos de cravação hidráulica.
Para entregar a ponte interna em novembro de 2009 e a externa em março de 2010, o consórcio Queiroz Galvão/CR Almeida optou por modificar a concretagem in loco das aduelas para peças pré-moldadas.
“Chegamos a ganhar até três dias de produção em relação ao outro método”, afirma o gerente de produção de pontes do Consórcio Queiroz Galvão/CR Almeida, Marcos Pecly. O concreto utilizado tem resistência de 20 a 55 MPa.
Um trecho de 500 m da ponte teve de ser construída em área aterrada pelo consórcio, uma vez que o calado mínimo – distância vertical entre a superfície da água e o leito do lago – não permitia que as embarcações executassem os trabalhos. Essa questão gerou polêmica junto aos ambientalistas recentemente. Segundo a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA), o aterramento está previsto no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (EIA-Rima) e foi aprovado pelo Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente).
“Não há nenhuma questão ambiental em aberto. Se alguma empresa tiver alguma não conformidade, o Dersa suspende por força de contrato o pagamento até a regularização”, finaliza Pecly.
Autor: PINIWeb