Pesquisa divulgada ontem pela consultoria Economatica mostrou que, em termos de proporção, as empresas de construção civil foram as que mais perderam valor de mercado no acumulado do ano até 24 de outubro. Os dados mostram que em 31 de dezembro as 30 companhias do segmento somavam R$ 53,1 bilhões em ações em circulação, volume que caiu para R$ 14,7 bilhões – marcando uma retração de 72,3%.
De acordo com especialistas, o ramo é prejudicado por conta da falta de caixa. Grande parte das companhias que abriram recentemente seu capital utilizou o dinheiro obtido para comprar terrenos. Agora, com escassez do crédito, fica difícil para elas conseguirem empréstimos para viabilizar suas obras.
No segundo lugar de maior retração relativa vem o segmento de papel e celulose, cujo valor de mercado foi de R$ 45,3 bilhões a R$ 14,6 bilhões no mesmo intervalo de tempo, cravando uma retração de 67,7%. Praticamente todas as empresas do setor apresentaram perdas com a valorização do dólar, seja por conta da sua exposição alavancada em contratos futuros, seja por alto endividamento na moeda.
Em termos nominais, a maior perda ficou com o setor de petróleo e gás: 231,9 bilhões, ou 53%, em proporção.
Autor: DCI