A Anglo American, uma das maiores mineradoras do mundo, iniciou em setembro um treinamento para “Gerenciamento de Risco” por meio de um convênio com o Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica (PMI/Poli). O programa foi efetivado pelo Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica (PECE).
Para o treinamento, a Anglo American investirá mais de US$ 1,5 milhão, sendo que até o final de 2010, 400 pessoas de diferentes funções participarão. Neste mesmo período, todo o efetivo da empresa será treinado em avaliação e controle de risco de suas atividades.
A Austrália, África do Sul e Inglaterra já realizaram o treinamento. No caso do Brasil, as equipes das operações farão o curso baseado na metodologia criada pelo Mineral Industry Safety and Health Center (MISHC), da Universidade de Queensland, da Austrália, com adaptações às condições locais.
“Trabalhamos quatro meses para adequar a metodologia à realidade brasileira, levando em consideração a legislação e as características da atividade de mineração no Brasil”, afirma o coordenador do curso, o professor Sérgio Médici de Eston, chefe do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo.
“O resultado foi validado pela equipe que coordena o projeto”, acrescenta Eston.
Segundo ele, a iniciativa da Anglo American, além de ir ao encontro de uma política interna que prioriza a diminuição de acidentes de trabalho, reflete a necessidade do setor de mudar a imagem da atividade de mineração no mundo, geralmente associada a acidentes.
“Além disso, indústrias que investem em gerenciamento de risco tendem a ter suas ações mais valorizadas no mercado”, afirma. O professor comanda um dos principais laboratórios especializados na área do Brasil, o Lacasemim – Laboratório de Controle Ambiental, Higiene e Segurança na Mineração.
O gerente corporativo para Segurança e Saúde Ocupacional da Anglo American Brasil, Marco Leandro, explica que a diretriz de segurança da empresa é focada em três campos fundamentais que garantem a produção segura e a eficiência operacional. “O primeiro deles é o treinamento e capacitação das pessoas.
O segundo se refere a equipamentos adequados, modernos e bem desenhados. E, por fim, o campo dos sistemas de gestão, eficazmente implementados, monitorados e entendidos. Dessa maneira, desenvolvemos toda nossa estratégia em busca do atingimento da visão Zero Lesão e sua disseminação dentro e fora da empresa”, completa.
Autor: Assessoria Escola Politécnica