Acidentes em rodovias federais não são causados só pela má conservação das vias mas também por características originais das estradas, como falta de passarelas e curvas mal projetadas.
A conclusão é de estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concluído em julho, que analisou locais de acidentes e fez pesquisas de campo nas rodovias BR-116, em São Paulo, e BR-324, na Bahia.
Apesar de não quantificar as causas dos acidentes, o estudo contrasta, por exemplo, com dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que apontam que apenas 1,82% dos 128 mil acidentes em estradas federais em 2007 foram causados por problemas nas vias. Uma das medidas sugeridas pelo Ipea é a análise da geometria das curvas, para eventuais correções.
O estudo defende a adoção de soluções de baixo custo para evitar atropelamentos, como reforço na sinalização. Aponta que os acidentes com pedestres foram 3,6% do total de ocorrências em rodovias federais de julho de 2004 a julho de 2005, mas responderam por 19,1% das mortes.
O Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) diz que as rodovias são adequadas, pois seguem normas técnicas de engenharia. O órgão levantará até dezembro os pontos críticos nas rodovias federais. O consórcio Autopista Régis Bittencourt, que gerencia a BR-116, disse que fará um estudo de todas as curvas da estrada
Autor: Folha de S.Paulo