Porto terá mais 22 berços até 2013

O Porto de Santos ganhará 22 berços de atracação nos próximos cinco anos, com a entrada em atividade de novos terminais, informou o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Paulino Moreira Vicente. Atualmente o cais santista conta com 53 berços públicos. A previsão foi divulgada durante a participação do dirigente no debate Projetos Futuros, da série de palestras 200 Anos dos Portos ¬ Um diálogo aprofundado, realizado na noite da última quinta-feira, na Cidade. 

“A perspectiva é, sem falar em Barnabé-Bagres, em cinco anos, termos mais 22 berços oferecidos ao Porto de Santos. Dois na Alemoa, dois na Prainha, dois em Conceiçãozinha (esses quatro são relativos aos terminais de contêineres que serão implantados em Guarujá), dois na BTP (Brasil Terminal Portuário, em construção na Alemoa), mais os berços da Embraport e outros”, explicou Vicente. 

Barnabé-Bagres, citado pelo diretor, é um projeto do Governo Federal que prevê a construção de um conjunto de terminais entre as ilhas Barnabé e Bagres, na margem esquerda do estuário. Somente com este empreendimento, serão disponibilizados 50 novos pontos de atracação. 

Também participaram do debate o vice-presidente executivo do Grupo Coimex, Orlando Machado Júnior; o gerente-geral do terminal de Santos da Stolthaven e diretor da Associação Brasileira de Terminais de Líquidos, Mike Sealy; e o professor de Logística da Unisantos, Léo Tadeu Robles. 

EMBRAPORT 

Durante o evento, Orlando Machado Júnior confirmou que o terminal multiuso Embraport, que a Coimex está construindo na Área Continental de Santos, deve entrar em operação no final de 2010. E criticou o tempo que foi necessário para obter as licenças ambientais do empreendimento, processo que levou sete anos. “Obviamente o maior tempo que se consumiu no projeto foi para o equacionamento da questão ambiental, mas achamos isso natural. É óbvio que se me perguntar se foi demais, foi excessivo”, comentou. 

Segundo o executivo, a destinação dos sedimentos contaminados, material do leito do estuário que terá de ser dragado para a construção da instalação, foi o aspecto mais “difícil” do licenciamento. “Na verdade, todo o leito do estuário tem contaminação, que não foi provocada por nenhum terminal ou proprietário de área. Não fomos nós que contaminamos. Este foi o ponto mais crítico”. 

Em sua participação, o empresário Mike Sealy detalhou os projetos de expansão dos terminais de líquidos do porto. Segundo ele, até 2015, essas empresas poderão armazenar até 1,5 milhão de metros cúbicos desses produtos. 

Para o professor Léo Tadeu Robles, os investimentos previstos para a região vão demandar a ampliação dos acessos à Baixada Santista.

Autor: A Tribuna