O Grupo Ultra deve anunciar na semana que vem, provavelmente no dia 3, a compra da Texaco, em negociação avaliada em torno de US$ 1,3 bilhão (R$ 2 bilhões). Será a terceira grande aquisição no setor em pouco mais de um ano.
No ano passado, Petrobras, Braskem e Ultra compraram a Ipiranga; em abril deste ano, a Cosan, a maior produtora de açúcar e álcool do País, comprou a Esso. A compra da Texaco é mais um lance no tabuleiro de consolidações, que deve contar ainda com uma presença mais forte da indústria sucroalcooleira.
Procurado pela reportagem, o Ultra repetiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que está interessado em crescer no mercado de distribuição e, para isso avalia “todas as oportunidades de crescimento e aquisições em distribuição de combustíveis”. A resposta vem sendo usada desde que começaram as especulações sobre a compra da Esso, adquirida pela Cosan por US$ 826 milhões, em um leilão no qual a empresa de álcool deixou para trás concorrentes de peso como a Petrobras.
Com 7,8% das vendas do setor, a Texaco tem potencial para alçar o Ultra à segunda posição no ranking das maiores distribuidoras do País, atrás apenas da Petrobras. Com a compra da Ipiranga, o Ultra estreou no setor de combustíveis já na terceira posição, com 12,5% do mercado, referente à rede de postos no Sul e Sudeste.
Autor: O Estado de S. Paulo