Petrobras prepara licitação de 24 navios

A Petrobras lançará no próximo dia 26 de maio licitação para a construção de 24 navios de apoio às embarcações de petróleo, de um programa total de 146 que serão contratados, segundo informou nesta segunda-feira (12) o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. 

Além desses navios de apoio, a empresa vai lançar “nos próximos dias”, segundo o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a segunda etapa do Programa de Renovação da Frota de petroleiros, que na primeira fase encomendou 26 unidades. Nesta segunda etapa, serão mais cerca de 20 unidades, informou o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, sem dar o número exato.
Encomenda 

O diretor ainda informou que, em paralelo ao lançamento deste programa, a Petrobras pretende encomendar diretamente junto à indústria naval dois petroleiros do tipo VLCC – os maiores do mundo, com valor estimado em torno de US$ 180 milhões cada um. “Serão contratos de afretamento no longo prazo para navios que deverão ser construídos no Brasil”, disse. 

Outro pacote semelhante, disse Costa, será lançado para a construção de mais navios de transporte de derivados. “A idéia é que sejam navios construídos no Brasil, a serem tripulados por equipe brasileira, e que serão afretados por um longo prazo, de 15 anos, numa nova modalidade que vamos lançar”, explicou. 

O diretor defendeu que os investidores ampliem seus negócios na área naval no País. “Vamos precisar de novas tecnologias, de mais espaço para a construção, de novos estaleiros. É um excelente momento para o investidor nacional e estrangeiro aplicar recursos no Brasil”, disse.
Usina de álcool 

Costa também informou que a Petrobras fechou o primeiro contrato para investimento conjunto com a japonesa Mitsui em uma usina produtora de álcool. Segundo ele, a unidade – a primeira de 40 em que a estatal pretende ter capital acionário – é a usina de Itarumã, no interior do estado de Goiás. 

A Petrobras e a Mitsui dividirão 20% de participação na usina, que começará a produzir 200 milhões de litros de álcool a partir da safra de 2009. Os investimentos na unidade somam US$ 200 milhões. 

Segundo Costa, a idéia é que, com o fechamento deste primeiro negócio, os demais sejam agilizados. “Estávamos ainda sem saber ao certo qual seria o modelo a ser firmado para a formação da sociedade. Agora, para as demais usinas, o processo será mais acelerado”, disse. 

No total dos 40 projetos, dez estão adiantados, segundo ele. A perspectiva é de que todas as 40 unidades estejam produzindo 4,5 bilhões de litros destinados à exportação em 2012. Para este ano, a meta é atingir um volume de 500 milhões de litros exportados, sendo que 300 milhões deles já foram embarcados nos primeiros quatro meses do ano, destinados principalmente aos Estados Unidos. “Certamente vamos superar nossa meta”, disse.
Ainda segundo Costa, as usinas de produção de álcool serão gerenciadas pela subsidiária de biocombustíveis que ainda vai ser criada pela estatal.

Autor: Agência Estado