O mercado imobiliário brasileiro deve crescer de 15% a 20% em 2008 na comparação com o ano anterior, tomando por base lançamentos e volume de vendas. A estimativa é do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). A expectativa é que sejam financiados 230 mil imóveis, com R$ 21 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
O Secovi prevê ainda que os lançamentos residenciais na cidade de São Paulo somarão 36 mil unidades este ano, 40% a mais que em 2006, segundo projeção do Secovi-SP com base em levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). As vendas devem ter expansão de 20% para volume entre 33 mil e 34 mil unidades, e o indicador vendas sobre ofertas (VSO) ficará entre 15,5% e 16%, ante o VSO de 12,1% em 2006.
De janeiro a outubro, foram lançadas 27,069 mil unidades, segundo dados da Embraesp, 60,85% a mais que no mesmo intervalo do ano passado. Na comparação dos dois períodos, o número de unidades vendidas cresceu 26,23%, para 28,103 mil, enquanto o volume negociado aumentou 25,09%, para R$ 8,55 bilhões, de acordo com o Secovi-SP.
O Secovi-SP defende que o momento atual não é “boom” imobiliário, pois os empreendedores ainda não operam no limite de sua capacidade produtiva e de comercialização. Na avaliação do sindicato, para que o setor retome a participação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) alcançada nos anos 80, a produção de moradias precisa ter escala e ser voltada para a baixa renda.
Autor: O Estado de São Paulo