A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, realizou seus dois primeiros voos de teste de eVTOLs (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical), também conhecidos como “carro voador”.
No domingo (12), um experimento foi feito por uma aeronave da Joby Aviation. Na segunda-feira (13), foi a vez de um modelo da Volocopter. As duas empresas estão em uma “corrida” com outras companhias para viabilizar este meio de transporte.
Estes veículos não precisam de querosene de aviação, usado por helicópteros, e, assim, são capazes de reduzir a emissão de gases poluentes. Além disso, o motor elétrico permite que seus voos sejam mais silenciosos.
Joby Aviation
- 💺 Capacidade: 4 passageiros + 1 piloto
- 🚁 Autonomia: 160 quilômetros com apenas uma carga
- 🏃Velocidade máxima: 320 km/h
“Um voo em Manhattan para o JFK [Aeroporto Internacional John F. Kennedy] pode levar apenas 7 minutos”, disse o fundador da Joby Aviation, Joeben Bevirt, em referência a um trajeto que, de carro, chega a durar 1h no horário de pico.
A Joby Aviation planeja realizar em 2025 as primeiras viagens comerciais com seu eVTOL. A empresa já obteve liberação nos EUA para realizar voos de teste e firmou uma parceria com a companhia aérea Delta Airlines para oferece um serviço de táxi aéreo em Nova York com as novas aeronaves.
Volocopter
- 💺 Capacidade: 1 passageiro + 1 piloto
- 🚁 Autonomia: 35 quilômetros com apenas uma carga;
- 🏃Velocidade máxima: 110 km/h
Em comunicado, a Volocopter afirmou que aguarda a certificação para voos comerciais de seu eVTOL, conhecido como VoloCity, nos EUA e na Europa.
O diretor da Volocopter Christian Bauer disse que o evento foi uma oportunidade para mostrar como os eVTOLs podem aumentar a qualidade de vida em cidades como Nova York. “Estamos confiantes de que isso abrirá portas para operações comerciais em mais cidades dos EUA”, afirmou.
‘Carros voadores’ em Nova York
Os dois voos foram realizados a partir de um heliporto no centro de Manhattan e foram acompanhados pelo prefeito de Nova York, Eric Adams.
“Esta é uma visão nova e ousada sobre o que queremos alcançar como cidade. Sabemos como é importante reduzir também o ruído [das aeronaves] e, como acabei de aprender, até onde o ruído pode viajar”, afirmou Adams, no domingo.
Outras empresas também estão desenvolvendo seus “carros voadores”. Entre eles, está a Eve, uma subsidiária da Embraer, que planeja realizar seus primeiros voos comerciais em 2026 e projeta ter 12 milhões de passageiros nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro até 2035.