Originalmente, a Faixa Azul – existente nas avenidas 23 de maio e Bandeirantes – começou, como ideia, pelas marginais.
Segundo o ex-Diretor Adjunto de Planejamento e Projetos da CET, diante dos resultados conquistados na Faixa Azul – das avenidas 23 de maio e Bandeirantes – técnicos da CET foram autorizados a fazer uma visita técnica à Malásia, e lá conheceram as experiências de 50 anos de implantação e gestão de faixas exclusivas para motocicletas.
“Avaliamos que não seria o melhor local, porque as marginais são locais críticos e tínhamos uma questão de fundo: fazer a Faixa Azul pela via local, faixas 1 e 2, como se fosse em uma avenida”, aponta e questiona o ex-Diretor Adjunto de Planejamento e Projetos da CET, Luiz Fernando Devico.
“As pistas locais das marginais – tanto Pinheiros quanto Tietê, exceto o trecho do Jóquei Clube, que é pista única -, têm condições diferentes de qualquer outra via. Tem saídas à esquerda, com movimentos da via local para a expressa, e, pior, movimentos contrários da esquerda para a direita, de quem vem da expressa para a local – ou da central, no caso da Marginal Tietê”, relata Devico.
Perigo aos motociclistas
No que tange ao interesse em se fazer uma faixa segregada nas marginais paulistas, Luiz Fernando Devico destaca um motivo simples: são os locais onde mais morrem motociclistas em São Paulo e são locais com os maiores volumes de motos. Portanto, são dois fatores que denotam atenção, merecem tratamento, mas nessa condição, que é a criação de uma faixa efetivamente segregada.
Dados da CET destacam que do número de 23 mortes que ocorrem na Marginal Tietê, todos os anos, 10 são de motociclistas. Na Marginal Pinheiros, das 34 mortes/ano, 12 envolvem motociclistas.
Segundo Devico, a ideia nas marginais seria trabalhar com o balanço do talude do rio, porque não é muito largo, não tem uma carga extremamente pesada, passará moto, veículo leve e não será preciso uma estrutura muito parruda ou gigantesca.
Ainda como estudo
Luiz Fernando Devico destaca que a faixa segregada nas marginais está proposta apenas como um estudo. E mais, é uma iniciativa que precisa do aval do Governo do Estado de São Paulo. “Não se trata se uma decisão final, mas um estudo, como os demais locais de vias para implantação da Faixa Azul. Há, obviamente, locais que serão possíveis à Faixa Azul, como locais que não serão possíveis”, disse.
O ex-Diretor Adjunto de Planejamento e Projetos da CET, Luiz Fernando Devico é um dos palestrantes do evento ‘Faixa Azul e Faixa Azul segregada – balanço da experiência em vias do município de São Paulo’, a ser promovido pelo Instituto de Engenharia, dia 15 de junho de 2023, das 19h às 21h, e que contará com a presença do prefeito da Cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, do Secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito, Celso Gonçalves Barbosa, do presidente da CET, Antonio Carlos Gonçalves e do ex-secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo, e vereador (DEM), Ricardo Teixeira.
SERVIÇO
- FAIXA AZUL E FAIXA AZUL SEGREGADA – BALANÇO DA EXPERIÊNCIA EM VIAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
- EVENTO HÍBRIDO – PRESENCIAL E online, com transmissão via YOUTUBE
- QUANDO: 15 de junho de 2023
- HORÁRIO: 19h às 21h
- ONDE: Instituto de Engenharia
- ENDEREÇO: Avenida Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana – SP
- INSCRIÇÕES