O levante armado desencadeado pelos paulistas pela redemocratização do País e por uma nova Constituição que mobilizou a população de São Paulo teve na classe dos engenheiros, tendo à frente o Instituto de Engenharia, um protagonismo relevante. Imediatamente após a eclosão do movimento inscreveram-se na secretaria do instituto 739 engenheiros e mais 367 auxiliares, não engenheiros, que se ofereceram para trabalhar pela causa constitucionalista. A ação dos engenheiros se estendeu por todos os ramos da atividade militar: nas linhas de combate, nas delegacias técnicas, na fabricação de armas e munições; em projetos e execuções de trincheiras, na reparação de estradas de rodagem, na destruição de pontes, nos serviços de transporte rodoviários e ferroviários, nas instalações de teléfragos e telefones, entre outros.
José Eduardo W. de A. Cavalcanti, membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Engenharia – São Paulo
Fonte: Estadão