Grautes bicomponentes são aplicados em diversas obras de infraestrutura de túneis, onde o
uso de equipamentos mecanizados como TBM ou EPBM requerem a injeção dos vazios ou espaço anelar entre o revestimento de concreto e o maciço. Porém, as metodologias para avaliação dos seus componentes A (Calda) e B (aditivo acelerador de pega) são pouco divulgados ou conhecidos. Neste artigo apresentamos os ensinamentos recebidos de um consultor da empresa italiana SELI S.p.A. no desenvolvimento desta tecnologia na primeira utilização deste tipo de graute no Brasil, durante a construção da primeira etapa da Linha Amarela do Metrô de São Paulo, atualmente empregada em todos os projetos semelhantes no território brasileiro, entre estes, as obras Lote 7 da Linha 5 Lilás do Metrô de São Paulo, Linha Sul do Metrô do Rio de Janeiro e Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Neste artigo também será apresentada a prática recomendada para estudar composições, qualificar
fornecedores e controlar o processo na obra através de planos de ensaios de controle tecnológico.
Graute bicomponente – Critérios para avaliação e prática recomendada para o controle tecnológico
*Por Roberto Dakuzaku, Shunji Takashima, Adriana Falcochio Rivera e Pedro Paulo F. Gouveia Filho