O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), buscando sempre estar de olho no desenvolvimento socioeconômico sustentável do Estado e na transformação dos municípios paulistas, desenvolveu um relatório técnico de avaliação sobre o que é necessário para construir espaços urbanos e rurais mais acolhedores, planjeados e sustentáveis. A criação contou com a colaboração de engenheiros, agrônomos, geocientistas, tecnólogos e demais interessados no futuro das cidades.
O relatório é um compilado de soluções dentro de seis eixos temáticos: acessibilidade,
agricultura e políticas públicas, desenvolvimento urbano e habitação, saneamento básico,
capacitação profissional e a participação das mulheres nas profissões da área tecnológica.
O vice-presidente do CREA-SP, no exercício da presidência, Mamede Abou Dehn Júnior, declarou: “Nosso objetivo foi discutir os problemas observados em cada cidade e propor projetos para melhorar o lugar onde as pessoas vivem”.
As discussões sobre o tema foram realizadas durante o primeiro semestre deste ano, em
quatro encontros regionais do Colégio de Inspetores. O resultado foi um relatório técnico
apresentado ao governo estadual durante o 2º Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes,
realizado em agosto, em Santos, reunindo soluções das Engenharias, Agronomia e
Geociências.
Para tornar os municípios mais acessíveis, inclusivos, planejados e conectados às
demandas da população, o Crea-SP identificou, com apoio das equipes envolvidas nos
eixos temáticos, que é preciso apostar em inovação tecnológica, investir em
desenvolvimento sustentável e respeitar a diversidade. A integração dos profissionais
com as cidades deve ser permanente, por meio de secretarias, grupos de trabalho e
entidades de classe.
Outras possíveis aplicações mapeadas foram destacadas na 9ª edição da Revista CREA
São Paulo, disponível em www.creasp.org.br/revista. Já o relatório técnico, em sua
íntegra, foi publicado em versão digital no site www.simposiocidadesinteligentes.creasp.com.br.
Entre as soluções para a infraestrutura, estão a revitalização dos centros urbanos, o
mapeamento de áreas de riscos e a Regularização Fundiária Urbana (REURB). “Já
tivemos resultados em que conseguimos agendar a regularização fundiária”, revela o
coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC) do Crea-SP,
engenheiro Roberto Racanicchi. O exemplo se deu em Itararé, que teve uma regularização
fundiária consolidada depois da apresentação do relatório à Secretaria de
Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado (SDUH).
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