O volume, a velocidade e o alcance da desinformação não intencional e da desinformação deliberada, possibilitados por tecnologias de informação avançadas, estão distorcendo a deliberação pública e minando a confiança na ciência, bem como na própria democracia.
Para produzir resultados que promovam o bem público, os cientistas também devem avaliar as bases morais de suas atividades.
Sem uma perspectiva informada sobre a forma como a ciência é conduzida, é menos provável que os cidadãos compreendam que a ciência é um processo contínuo para criar melhores ideias e modelos de como a natureza é organizada.
A maioria dos cientistas e as organizações nas quais estão inseridos não investem o suficiente na educação do público em linguagem e conceitos compreensíveis.
Encontrar novas maneiras de fornecer informações de alta qualidade e baseadas em evidências para as pessoas que as desejam, nos momentos e nos locais de que precisam, é um desafio de longo prazo que as organizações científicas e educacionais devem enfrentar.
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*Luiz Fernando Portella é CCO da Calypso Networks Association, CEO da NBO Participações e Serviços e conselheiro do Instituto de Engenharia, onde também responsável pelo projeto Mentoria a serviço da Engenharia.
*Os artigos publicados com assinatura, não traduzem necessariamente a opinião do Instituto de Engenharia. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.