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Durante sua apresentação, a convidada Bruna Ciasca compartilhou sobre o Estudo da Sociobiodiversidade no estado do Pará, publicado em 2021. Realizado pela The Nature Conservancy (TNC), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Natura, o estudo traz análises socioeconômicas inéditas sobre os impactos das cadeias produtivas da sociobiodiversidade na região.
A produção da sociobiodiversidade no Pará é uma das mais expressivas do país e está associada à conservação de florestas e à diversidade sociocultural de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. A análise contemplou 7 das 12 Regiões de Integração (RI) do estado, que representam 88,5% do valor de produção dos produtos da sociobiodiversidade da região, e analisou 30 produtos desde a produção até a comercialização.
Na fase de discussões da reunião George Paulus, coordenador do Grupo de Trabalho Amazônia e Bioeconomia, destacou a necessidade de inovação no modelo de desenvolvimento, para que seja possível trazer escala à diversidade evitando a concentração da produção em apenas dois ou três produtos. Além disso, o prof. Carlos Nobre trouxe como contribuição a sugestão para que a análise seja feita a partir do sistema agroflorestal, que é o elemento da bioeconomia, deixando de lado a perspectiva dos produtos individualizados.
No mais, o estudo da região é uma abordagem da sociobiodiversidade como bioeconomia bioecológica: baseada na valorização de processos ecológicos inerentes à conservação florestal, que otimizam o uso de energias e nutrientes da biodiversidade. O Pará e sua sociobiodiversidade possuem grande relevância no âmbito da bioeconomia, com potencial para gerar mais de R$ 170 bilhões em renda em 2040. Ao longo da conversa, a convidada Bruna Ciasca apresentou os resultados obtidos com valores potenciais e recomendações para a implementação de políticas públicas a fim de desenvolver uma bioeconomia baseada na floresta nativa e na sociobiodiversidade do estado.
O estudo completo pode ser acessado através do link: https://www.tnc.org.br/content/dam/tnc/nature/en/documents/brasil/projeto_amazonia_bioeconomia.pdf
Realização:
Eng. Paulo Ferreira – Presidente do Instituto de Engenharia
GT Amazônia e Bioeconomia
Apoio Institucional:
Apoio à formação:
Espaço aberto ao CREA-SP, objetivando o aperfeiçoamento dos profissionais e o aprimoramento da fiscalização das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/CREAs, além de promover a conscientização da sociedade quanto à necessidade e obrigatoriedade de contratar um profissional devidamente habilitado.