As temperaturas mundiais estão subindo por causa da atividade humana, e as mudanças climáticas agora ameaçam todos os aspectos da vida humana.
Se a situação não for controlada, os humanos e a natureza passarão por um aquecimento catastrófico, com o agravamento das secas, maior aumento do nível do mar e extinção em massa de espécies.
Enfrentamos um grande desafio, mas existem soluções potenciais.
O que é mudança climática?
Clima é o conjunto de condições médias de temperatura e ambiente num lugar, ao longo de muitos anos. A mudança climática é uma mudança nessas condições médias.
A rápida mudança climática que estamos vendo agora é causada pelo uso humano de petróleo, gás e carvão para casas, fábricas e transporte.
O planeta está agora cerca de 1,2°C mais quente do que no século 19 — e a quantidade de CO2 na atmosfera aumentou em 50%.
O ritmo de aumento da temperatura precisa diminuir se quisermos evitar as piores consequências das mudanças climáticas, dizem os cientistas. Eles afirmam que o aquecimento global precisa ser mantido em 1,5°C até o ano 2100.
No entanto, a menos que outras ações sejam tomadas, o planeta ainda pode aquecer mais de 2°C até o final deste século.
Se nada for feito, os cientistas acreditam que o aquecimento global pode ultrapassar os 4ºC, levando a ondas de calor devastadoras, milhões perdendo suas casas devido à elevação do nível do mar e perda irreversível de espécies vegetais e animais.
Qual o impacto das mudanças climáticas?
Eventos climáticos extremos já estão mais intensos, ameaçando vidas e meios de subsistência.
Com o aquecimento adicional, algumas regiões podem se tornar inabitáveis, à medida que as terras agrícolas se transformam em desertos. Em outras regiões, está acontecendo o contrário, com chuvas extremas causando inundações históricas — como visto recentemente na China, Alemanha, Bélgica e Holanda.
As pessoas nos países mais pobres sofrerão mais, pois não têm dinheiro para se adaptar às mudanças climáticas. Muitas cidades em países em desenvolvimento já têm que suportar climas muito quentes e isso só vai piorar.
Nossos oceanos e seus habitats também estão ameaçados. A Grande Barreira de Corais na Austrália, por exemplo, já perdeu metade de seus corais desde 1995 devido aos mares mais quentes causados pela mudança climática.
Os incêndios florestais estão se tornando mais frequentes à medida que as mudanças climáticas aumentam a incidência de clima quente e seco.
E à medida que o solo congelado derrete em lugares como a Sibéria, gases de efeito estufa aprisionados por séculos serão liberados na atmosfera, agravando a mudança climática.
Em um mundo mais quente, os animais terão mais dificuldade para encontrar a comida e a água de que precisam para viver. Por exemplo, os ursos polares podem morrer à medida que o gelo de que dependem derrete, e os elefantes terão dificuldade em encontrar os 150-300 litros de água de que precisam por dia.
Cientistas acreditam que pelo menos 550 espécies podem desaparecer neste século, se medidas não forem adotadas.
Como as diferentes partes do mundo serão afetadas?
As mudanças climáticas têm efeitos distintos em diferentes áreas do mundo. Alguns lugares aquecerão mais do que outros, alguns receberão mais chuvas e outros enfrentarão mais secas.
Se o aumento da temperatura não puder ser mantido dentro de 1,5°C:
• O Reino Unido e a Europa serão vulneráveis a inundações causadas por chuvas extremas
• Os países do Oriente Médio passarão por ondas de calor extremas e as terras agrícolas podem se transformar em deserto
• Nações insulares na região do Pacífico podem desaparecer com a elevação do mar
• Muitas nações africanas podem sofrer secas e escassez de alimentos
• As condições de seca são prováveis no oeste dos EUA, enquanto outras áreas verão tempestades mais intensas
• A Austrália provavelmente sofrerá extremos de calor e seca
O que os governos estão fazendo?
Os países concordam que a mudança climática só pode ser enfrentada trabalhando juntos e, em um acordo histórico em Paris em 2015, eles se comprometeram a tentar manter o aquecimento global em 1,5°C.
O Reino Unido vai sediar uma cúpula para líderes mundiais, chamada COP26, em novembro, onde os países definirão seus planos de redução de carbono para 2030.
Muitos países se comprometeram a chegar à neutralidade de carbono até 2050. Isso significa reduzir as emissões de gases de efeito estufa tanto quanto possível e equilibrar as emissões restantes absorvendo uma quantidade equivalente da atmosfera, por meio de tecnologias de captura de carbono, por exemplo.
A maioria dos especialistas acredita que isso é possível, mas exigirá que governos, empresas e indivíduos façam grandes mudanças.
O que os indivíduos podem fazer?
Grandes mudanças precisam vir de governos e empresas, mas os cientistas dizem que algumas pequenas mudanças no dia a dia podem limitar nosso impacto no clima:
• Pegue menos voos
• Não use carros ou opte por carro elétrico
• Compre produtos com eficiência energética, como máquinas de lavar, quando precisarem de substituição
• Mude de um sistema de aquecimento a gás para uma bomba de calor elétrica
• Use material que isole sua casa do frio e do calor, evitando com isso usar aquecimento e ar-condicionado