Com capacidade de andar por túneis apertados e entrar em ambientes danificados, o pequeno robô Spot tem sido usado pelos pesquisadores do Parque Arqueológico de Pompeia, na Itália, para ajudá-los a identificar problemas estruturais e caminhos subterrâneos cavados por ladrões de relíquias há décadas e que oferecem pouca segurança para os humanos.
De acordo com os administradores do parque, o objetivo é melhorar tanto a qualidade do acompanhamento das áreas existentes como aprofundar o conhecimento do estado das obras nas áreas em recuperação ou restauro, garantindo assim a segurança dos trabalhadores.
O robô quadrúpede foi construído pela Boston Dynamics, uma empresa americana de robótica, e pode captar uma grande quantidade de dados mesmo em locais de difícil acesso. É o primeiro dispositivo do tipo usado em sítios arqueológicos no mundo.
A adoção do Spot faz parte de uma iniciativa maior, Smart@POMPEI, que vai usar tecnologias inteligentes e outras soluções sustentáveis para monitorar as condições das ruínas. O projeto arqueológico teve início em 2013, depois que a Unesco ameaçou colocar a região de Pompeia em uma lista de patrimônios da humanidade em perigo, a não ser que as autoridades tomassem providências para reverter a degradação.
Além do robô, a administração do parque tem feito testes com um drone, Leica BLK2FLY, que possui a capacidade de fazer o mapeamento contínuo das ruínas em três dimensões, gerando reproduções digitais dos espaços que precisam ser restaurados. E a polícia local reforçou a vigilância contra os ladrões de relíquias, que fizeram fortuna vendendo ilegalmente tesouros locais a colecionadores de arte.