Estudantes do grupo de robótica Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) vão representar o Brasil em uma competição internacional de robótica. No sábado (26), eles viajam para Las Vegas, no Estados Unidos, para participar.
O grupo construiu um robô para participar de um desafio envolvendo bolas e escalada. “Nossa expectativa é a melhor possível: voltar com pelo menos um prêmio. Temos seis prêmios em seis anos e queremos fazer virar sete prêmios em sete anos”, afirmou Vinicius Campbell de Lacerda, que exerce a atividade de piloto da máquina.
O robô feito pelos estudantes foi chamado de Matilda. O nome ainda é provisório, mas o modelo é definitivo. Foram vários protótipos até chegar à forma atual.
O grupo de robótica do IFSC foi criado há sete anos e os participantes vão se renovando em Florianópolis. Todo o trabalho tem um objetivo: participar de uma das maiores competições de robôs do mundo só para alunos do ensino médio, a First Robotics Competition.
“Todos os anos, em janeiro, a gente recebe um desafio e este ano era pegar aquelas bolas que estão dentro dela [Matilda] e jogar num alvo mais embaixo, outro mais em cima, e depois escalar como um trepa-trepa. E ela faz essas tarefas muito bem”, explicou Vinicius.
A equipe enfrentou obstáculos até chegar ao modelo final, como relatou a aluna da programação Helena Scussel Rosa.
“No começo, quando a gente pegou o robô pela primeira vez para testar os primeiros protótipos, tinham muitos erros de motores, de velocidade do motor, que tinha que ajustar o tempo todo. Também o sentido do motor, que ele sempre errava e a bola ia para outro lugar, fazia outra coisa que não era para fazer. Mas depois, no meio do caminho, a gente tomou rédea do negócio e funcionou”, afirmou a estudante.
Investimento
O robô Matilda e alguns representantes da equipe estão de malas prontas para Las Vegas. Eles embarcam para buscar mais um título. Porém, falta investimento. Todos os custos saem do bolso dos próprios integrantes da equipe e dos eventos que eles organizam para arrecadar dinheiro.
“A FRC, essa categoria que a gente participa, tem uma complexidade técnica e financeira. Só a nossa inscrição custa US$ 5 mil por temporada, então isso inviabiliza os custos que a gente tem com a construção do robô em si e com a viagem. Como a gente viaja todos os anos para o exterior, ela [competição] não acontece aqui no Brasil, então é um projeto que acaba se tornando bastante caro. Massa experiencia que a gente ganha é inegável e a gente continua ano após ano mesmo assim”, resumiu Vinicius.