Num ano em que a Universidade trabalhou para conter o avanço do novo coronavírus, com a mobilização de cientistas e laboratórios, na construção de respiradores, criação de testes de detecção do vírus e equipamentos de segurança, além de estudos sobre tratamentos, simulações e impactos na sociedade, outros tipos de ações envolveram a comunidade universitária no auxílio à sociedade. A Universidade mostrou que tem papel fundamental não só na linha de frente de combate à doença, mas também no apoio a pessoas afetadas por problemas decorrentes da quarentena, do isolamento social e da crise financeira que resultou dessa situação.
São inúmeros projetos e iniciativas em que estudantes, professores e funcionários foram protagonistas neste enfrentamento à pandemia e que incluíram ajuda direta à populações vulneráveis, consultorias e material informativo para auxiliar micro e pequenos empresários, recursos educativos para contribuir com professores e alunos, além de alternativas para os próprios integrantes da comunidade USP passarem pelo momento de isolamento social. Confira algumas ações que se destacaram nessa nova configuração mundial.
O protagonismo universitário também uniu estudantes que integram a Enactus, uma organização internacional sem fins lucrativos dedicada a inspirar os alunos a melhorar o mundo através da ação empreendedora. São sete grupos na Universidade que trabalham em mais de 20 projetos que buscam impactar comunidades onde estão instalados campi da USP. As ações são amplas, vão desde aulas de culinária a deficientes visuais até ação que oferece melhores condições de moradia às pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Em uma dessas ações, na campanha “Entre Isolamento, Laços”, estudantes da Faculdade de Direito arrecadaram kits de higiene para reeducandas da Penitenciária Feminina da Capital, no bairro de Santana, zona norte de São Paulo, pois, com a pandemia e a proibição de visitas familiares, deixaram de receber suprimentos básicos como absorventes, sabonetes, shampoo e pasta de dente.
Falta de acesso a itens básicos de higiene e alimentação, ausência de equipamentos para se comunicar e estudar, as grandes filas de pacientes aguardando atendimento e comunidades afastadas que necessitam de informações confiáveis. Situações como essas foram motores de engajamento de diversas iniciativas de voluntariado nos campi da USP. A maioria delas se concentra em levar o conhecimento adquirido para fora dos muros da Universidade, aliando o desejo de ajudar à oportunidade de praticar o que aprendem em sala de aula.
No início da pandemia, em abril, grupos da comunidade universitária desenvolveram ações de voluntariado para produção e distribuição de protetores faciais para profissionais da saúde, como na iniciativa chamada E-Group, com estudantes da Escola Politécnica. Também, um grupo de docentes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) arrecadou computadores usados para alunos que não conseguiam acompanhar as aulas a distância sem equipamentos. E houve ainda arrecadação de alimentos para comunidades vulneráveis, como no Projeto Criança Feliz que distribuiu cestas básicas na região de Lorena. Na capital, doação de kits de higiene e produção de máscaras faciais para comunidade no Butantã. Outras ações ao longo do ano podem ser conferidas, neste link.