Na sessão “Memórias do Transporte” conheça a história da criação da FEPASA
A ideia da unificação das ferrovias já era bastante antiga. No início dos anos 60, com governador Carvalho Pinto, o assunto foi conduzido com maior determinação, e a Companhia Paulista passou para o controle acionário do estado. Porém, antes que o governo determinasse os primeiros estudos visando à integração do sistema ferroviário, o instituto de Engenharia de São Paulo já anunciava a formação de uma empresa única com o nome de Rede Ferroviária Estadual – REF.
Nessa ocasião, foi criada uma comissão para estudar o assunto e solicitado à Sofrerail – Société Française d’Études et Réalisations Ferroviaires -, um levantamento completo da situação das estradas de ferro de São Paulo.
Em 1962, mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) propunha a unificação do sistema ferroviário, já com a denominação FEPASA. Rejeitado naquele primeiro momento, o projeto voltou a ser encaminhado em 1966. A ALESP vetou-o novamente, sob a alegação de insuficiência de prazo para analisar o projeto.
Em 10 de novembro de 1971, o governador do estado de São Paulo, Laudo Natel, decretou o nascimento da Ferrovia Paulista S.A (FEPASA), como resultado da união das cinco ferrovias que operavam no estado. Ao todo, a empresa passou a contar com 5.252km de linhas, 622 locomotivas, 1.109 carros de passageiros de longo percurso, 116 trens unidades para transporte urbano de passageiros e 17.200 vagões. Naquela ocasião, o contingente de mão de obra ferroviária representava 36.642 pessoas.
Complexo FEPASA
Construído pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro para abrigar as oficina de locomotivas à vapor da empresa teve suas obras iniciadas em 1890. A princípio as oficinas da empresa estavam localizadas em Campinas porém, devido ao tamanho limitado do terreno e a um surto de frebre amarela que atingiu a cidade de Campinas a empresa incia a construção das novas oficinas em Jundiaí
Com o desenvolvimento das atividades da companhia e devido aos avanços tecnológicos , dentre eles, a implantação da tração elétrica o prédio sofreu diversas intervenções e passou por várias reformas ao longo das décadas.
Nos anos 70, com a incorporação da Cia Paulista à FEPASA o prédio sofre as últimas intervenções significativas , é desta data também a maioria das plantas do edifício que possuímos.
Com a falência da FEPASA, sua inserção no Programa de Desestatização (1992) e posteriormente a privatização da malha ferroviária através da RRFSA, as antigas oficinas da Cia Paulista passam por um período incerto até ser adquirida em 2002, pelo município de Jundiaí. No período de 2002 a 2013 o Complexo Fepasa esteve sob gestão da Secretaria Municipal de Educação e Esportes passando à gestão da Secretaria de Cultura em 2014 e esta segue como gestora até os dias atuais.