Há 150 anos, Dmitri Mendeleev apresentou à comunidade científica a lógica que conhecemos até hoje da tabela periódica: o químico russo organizou os elementos de acordo com a sua massa atômica. Dessa forma, é possível ver padrões e propriedades comuns dentro de cada grupo de elementos. A tabela de Mendeleev dava espaço para abrigar substâncias que viriam a ser descobertas, sem que a divisão perdesse o sentido — e já prevendo as propriedades de elementos até então desconhecidos.
Ainda assim, muitas outras formas de organizar os elementos químicos foram propostas ao longo dos tempos. Veja algumas delas:
Fita enrolada
Em 1976, o americano James Franklin Hyde publicou um estudo em que propunha uma forma curva para a tabela, com o silício —base de estudos de Hyde — ao centro, mostrando como ele está ligado aos demais elementos.
Ainda assim, a tabela tem início com o hidrogênio, que representa a ponta de uma espiral, na metade direita do desenho. Os diferentes grupos de cores (como escalas de azul, amarelo ou vermelho) classificam os elementos de acordo com suas relações.
Forma Janet
A organização proposta pelo francês Charles Janet em 1928 é a alternativa mais aceita à proposta de Mendeleev. Janet rearranjou os elementos segundo o seu preenchimento orbital, ou seja, a probabilidade de encontrar um elétron a uma determinada distância do núcleo de um átomo.
Os blocos são lidos da direita para a esquerda (a tabela também é conhecida como “left-step”, ou passo à esquerda). Em cada linha, a soma dos números quânticos principal e secundário corresponde a um valor constante.
Adomah
Proposta em 2006 por Valery Tsimmerman, esta tabela em forma de torre é baseada na organização de Charles Janet e é uma das que mais se diferenciam da versão de Mendeleev. Aqui, os elementos não são divididos por sua massa atômica, mas pelos quatro números quânticos do elétron — que descrevem como ele se movimenta e se organiza dentro do átomo.
Tsimmerman chamou sua configuração de “o arranjo perfeito de elementos” e até tricotou numa blusa de lã o contorno de sua tabela.
A espiral
A tabela criada em 1964 por Theodor Benfey prima mais pelo design que pela funcionalidade. Trata-se de uma espiral que inicia, em seu centro, com o hidrogênio. Os elementos surgem na sequência em ordem de número atômico, passando por metais, lantanídeos e actinídeos. Na ponta, há espaço para os ainda não conhecidos superactinídeos.
Flor 3D
A versão em três dimensões do canadense Paul-Antoine Giguère deixa de lado o hidrogênio e o hélio e divide a tabela em quatro seções. A primeira, na cor verde-azulada, contém os metais alcalinos de um lado e os metais alcalinos terrestres do outro. As demais partes (ou pétalas dessa flor) dividem os elementos de acordo com suas qualidades.
Abaixo, uma versão em vídeo:
Fonte Revista Galileu