O engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues recebeu, nesta terça (23), o título de Eminente Engenheiro do Ano 2018 concedido pelo Instituto de Engenharia, durante cerimônia de comemoração dos 102 anos do Instituto de Engenharia, no Centro Fecomercio de Eventos.
A escolha de Roberto Rodrigues ao título foi um reconhecimento “à sua atuação no Agronegócio, na agricultura familiar, no cooperativismo e na educação”, como destacou Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia, durante seu discurso.
Lafraia também apresentou os diversos projetos Brasil desenvolvidos pelo Instituto, entre os quais o “Ocupação sustentável do território nacional pela ferrovia associada ao agronegócio” e “Brasil: alimentos para mundo”.
O homenageado foi saudado por Pedro Parente que, em 2017, recebeu o mesmo título. Parente destacou a vanguarda de Roberto Rodrigues frente ao cooperativismo e a sua contribuição para o avanço e a transformação do agronegócio no Brasil, sendo também uma referência internacional no setor. “Neto, filho e pai de engenheiros agrônomos e agricultores , seu compromisso com o agronegócio é um compromisso familiar”, disse Parente, que também destacou sua liderança na vida pública: “reestruturou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, abrindo as portas para negociações internacionais. Criou a Lei dos Orgânicos e avançou em leis relacionadas à tecnologia. Encerrou dizendo: “tão grande nome, nenhum elogio alcança”.
Formado em 1965 pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Esalq-USP, Roberto Rodrigues ressaltou, em seu discurso, o carinho pela universidade e o quando ela está intrínseca na sua família. “A Esalq é uma presença constante na minha estrada. Meu pai se formou lá, tenho quatro filhos e dois se formaram lá também, assim como outros membros da família.”
Ele destacou o papel desafiador que o Brasil tem pela frente de ser o protagonista na base da segurança alimentar no mundo. “Existe um trabalho da OCDE -[Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico] que começou a tratar da segurança alimentar, a partir de uma premissa da ONU de que, ‘não haverá paz, onde houver fome’. O trabalho mostra que, em dez anos, a oferta mundial de alimentos tem que crescer 20% para que haja comida para todos os países do planeta. E eles ressaltam o seguinte: para que o crescimento da produção mundial de alimentos seja de 20%, o Brasil tem que crescer 40%. Vejam que extraordinário desafio temos aqui!”
Rodrigues afirmou que, mais do que tudo, é um desafio para a Engenharia brasileira. “Temos que investir em ciência, renovação tecnológica e pesquisa. Estamos recebendo da história o desafio fantástico de alimentar o mundo”, concluiu.
Na mesa diretora da premiação também estiveram presentes João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Energia e Mineração, representando o governador de São Paulo Marcos França, e João Antonio Machado Neto, presidente do Conselho Consultivo do Instituto de Engenharia.
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