Com a implementação de uma série de medidas estruturais – que vão desde privatizações até a desregulamentação de diversos setores –, Jair Bolsonaro poderá reduzir carga tributária brasileira à metade do que é hoje.
A afirmação foi feita pelo general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, em reunião da frente Reformar Para Mudar na tarde desta segunda-feira (17), na sede do Secovi-SP.
Mourão deixou claro que essa redução será feita em fases, e que medidas estruturais terão de ser implementadas para se chegar a esse patamar.
Indagado como pretende negociar suas propostas com o Congresso Nacional, disse que Bolsonaro recorrerá ao diálogo. “Ele irá atravessar a pé a praça dos Três Poderes em fevereiro, com nosso plano de governo embaixo do braço, e vai discursar no Congresso: ‘Olha, temos de fazer isso e aquilo e precisamos dos senhores’. E aí vamos negociar.”
Mourão também afirmou ser necessário reformar a Constituição, aproximar o Brasil da Aliança do Pacífico, investir pesadamente em tecnologia para combater a criminalidade, promover regularização fundiária como forma de inclusão social por meio da habitação, refazer o pacto federativo – de forma a deixar mais dinheiro para Estados e municípios –, desburocratizar e reduzir o tamanho do Estado e privatizar empresas públicas.
“Nosso compromisso é com o livre mercado”, sustentou o general, para quem as empresas podem ter seus negócios incentivados com menos interferência estatal.
Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, ressaltou a importância da indústria imobiliária para a dinâmica do País. “Muitos dos 13 milhões dos desempregados poderiam voltar a ter um emprego se o mercado imobiliário já estivesse recuperado plenamente da crise”, disse.
Legislações claras, redução da insegurança jurídica, fortalecimento do programa Minha Casa, Minha Vida, aprovação do projeto de Locação Acessível Residencial (LAR), entre outros, foram alguns dos pontos elencados pelo dirigente do Secovi-SP como formas de fomentar o setor.
Reformar para Mudar – O encontro com os candidatos à Presidência da República e ao governo de São Paulo é uma ação da Frente Reformar para Mudar, composta por Secovi-SP e mais 20 entidades: Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo); Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária); Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias); Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers); ACSP(Associação Comercial de Sçao Paulo); ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil); ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil); Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano);Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping); Apeop (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas); Brasinfra (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura); CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção); Cofeci-Creci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis); Deconcic/Fiesp (Departamento da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo); Fiabci-Brasil (Federação Internacional Imobiliária); IE (Instituto de Engenharia); Sciesp (Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo); Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva); SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo);Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo); e Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração).
Fonte Secovi-SP