Em abril de 2017, uma canoa movida por energia solar começou a funcionar pelos rios Capahuari e Pastaza, hoje ela percorre 67 km e liga cerca de mil pessoas divididas em nove assentamentos isolados que vivem em suas margens.
“Meus pais, meus avós sonharam com isso. O sonho é uma mensagem. Os achuar conhecem pelos sonhos. O sonho não é mentira, é a verdade”, diz Hilario Saant, um ancião de Kapawi.
A canoa se chama Tapiatpia em homenagem a um lendário peixe-elétrico da área, e é o primeiro sistema fluvial comunitário solar da Amazônia.
Esse modelo de transporte sustentável que percorre o território por suas rotas ancestrais, os rios, é uma realização de um antigo sonho: o desejo profundo desse povo de viver em harmonia com o meio ambiente.
Com um telhado de 32 painéis solares sobre uma canoa tradicional de 16 metros de comprimento e dois de largura, Tapiatpia é a fusão da tecnologia moderna com o conhecimento ancestral.
Ela foi feita com fibra de vidro em vez de madeira para estender sua vida útil, a canoa tomou emprestado o desenho de embarcação típica dos indígenas cofanes do norte do Equador.
O projeto ainda está em fase inicial. Mas se for bem-sucedido, tem o potencial de ser implementado em outros rios da amazônia.
Fonte Engenharia E