Na última terça-feira (24), o Parlamento Europeu deveria votar pela eliminação (ou não) do uso de herbicidas a base de glifosato. A ideia era que progressivamente o composto fosse retirado do mercado agrícola até o completo banimento em 2022. Uma medida que não se converte em lei – chamada de resolução não vinculativa -, foi aprovada por 355 votos contra 204, além de 111 abstenções.
A ação do Parlamento Europeu é uma votação consultiva. Ele representa 28 países e mais de 500 milhões de pessoas. Porém, a decisão depende da Comissão Europeia que, ao contrário do parlamento, quer a renovação da licença de uso do princípio ativo por mais dez anos.
A ação foi motivada pela descoberta da Organização Mundial de Saúde de que o glifosato, o ingrediente ativo no Roundup, é um carcinógeno humano “provável”. A OMS chegou a esta conclusão após analisar estudos publicados por cientistas independentes, uma vez que a “liberação dos chamados Monsanto Papers, documentos internos da companhia que é proprietária e produtora do Roundup, no qual o glifosato é o princípio ativo, trouxeram dúvidas em relação à credibilidade de alguns estudos usados na União Europeia para avaliar a segurança do glifosato”, diz o comunicado divulgado pelo Parlamento Europeu.
A proposta de nova autorização deve ser votada nesta quarta-feira (25)