A primeira usina de energia de “emissões negativas” foi inaugurada em Hellisheidi, na Islândia. A estrutura poderá remover 50 toneladas métricas de CO2 do ar por ano e transformá-las em rocha -, uma tecnologia desenvolvida por uma empresa do país nórdico.
A técnica aproveita o que há de abundante na região rochas de basalto, que são formadas a partir da atividade vulcânica. O processo começa com a captura do CO2, que é dissolvido na água e levado às profundezas do solo. Ali, ele reage com a rocha de basalto e se calcifica.
O CO2 é comprimido em um líquido supercrítico. Quando bombeado para o subsolo, o gás enche os poros da rocha, que estão ainda abaixo das rochas impermeáveis. O processo transforma o CO2 em pedra dentro de um prazo de dois anos.
Com a parceria das empresas Reykjavik Energy e Climeworks, o método está sendo testado no programa-piloto CarbFix2 da usina de energia geotérmica. Eles garantem que ao, ao enterrar os gases na rocha, que é inodoro, o gás não é liberado por pelo menos um milhão de anos.
O maior empecilho para o método tem sido o preço: custa 600 dólares extrair somente uma tonelada de CO2 do ar. Por isso, a empresa possui a meta de reduzir os custos para 100 dólares por tonelada até 2025.
O projeto recebeu financiamento de pesquisa do programa da União Europeia, Horizon 2020, para pesquisa e inovação, além de ter parceria com diversas universidades.
Autor: Ciclo Vivo