A brasileira Nadia Ayad viu sua vida mudar no último ano. Entre as conquistas de 2016, estão a sua formatura em engenharia de materiais pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), no Rio de Janeiro, e um outro troféu bem mais difícil de ser conseguido: o primeiro lugar no desafio mundial Sandvik, conhecido como Desafio do Grafeno.
O desafio estimulava pessoas do mundo inteiro a apresentar ideias inovadoras para o uso do grafeno de forma sustentável em residências. A ideia de Nadia foi usar o material, um composto à base de carbono 200 vezes mais resistente do que o aço, em dispositivos de filtragem e sistemas de dessalinização, buscando oferecer água potável diretamente nas moradias.
Segundo o site do desafio, “a solução reduziria significativamente os custos de energia e a pressão sobre os atuais fornecedores com a ‘reciclagem de água’.“. Ou seja, ela foi capaz de criar um processo mais barato, sustentável e eficaz para o uso de água filtrada nas residências, o que rendeu o prêmio.
Nadia já realizou um intercâmbio na Inglaterra durante a graduação através do programa Ciência Sem Fronteiras. Agora, ela quer voltar ao país, graças aos muitos recursos para a ciência encontrados por lá. Foi também no Reino Unido que ela realizou seu primeiro estágio internacional, na Imperial College London, trabalhando no desenvolvimento de um polímero capaz de substituir válvulas cardíacas.
Até o momento, a jovem já aplicou para instituições dos Estados Unidos e Inglaterra e acredita que a experiência vivida no Brasil e no exterior poderão ajudar ela a entrar diretamente no doutorado, sem passar por um mestrado. Seu novo projeto é tão ambicioso quanto os anteriores: ela pretende pesquisar o uso de biomateriais que induzam células-tronco a formar tecidos semelhantes aos das cartilagens em versão 3D, segundo informa o Geledés. Alguma dúvida de que ela vai conseguir?
Autor: Hypeness