Como a era digital não trouxe a esperada redução no uso de papel, tem havido alguns esforços para a criação de papéis regraváveis, que possam ser reimpressos várias vezes antes de irem para a reciclagem.
Os resultados mais recentes acabam de ser alcançados por Jing Wei, da Universidade Shandong, na China.
Ele desenvolveu um papel regravável de baixo custo dispersando partículas de óxido de tungstênio, um material de baixa toxicidade, com o polímero polivinilpirrolidona, usado em medicamentos e alimentos.
O material resultante é um filme fino, a meio caminho entre uma folha de papel e uma folha de plástico, que pode ser fabricado pela técnica industrial do rolo-a-rolo.
Papel regravável
Para imprimir, o filme é exposto à luz ultravioleta, com os caracteres e imagens aparecendo em uma cor azul cuja intensidade depende do tempo de exposição – o azul mais forte exige uma exposição de 30 segundos. Ainda não dá para escrever à mão, mas uma técnica de impressão poderia ser implementada de maneira simples pela tradicional técnica do estêncil.
Não é necessário usar borracha para apagar o papel depois que ele já tiver sido usado porque ele apaga sozinho, bastando deixá-lo em condições ambientais normais por um dia ou dois. Para acelerar o apagamento, pode-se usar calor, com o que a cor desaparece em 30 minutos.
Se a preocupação for ao contrário, com necessidade de maior durabilidade, a adição de uma pequena quantidade do polímero poliacrilonitrila ao papel regravável pode fazer com que a impressão dure até 10 dias.
Os testes iniciais mostraram que o material poderia ser impresso e apagado 40 vezes antes de a qualidade começar a diminuir.
Bibliografia:
Electrospun Photochromic Hybrid Membranes for Flexible Rewritable Media
Jing Wei, Xiuling Jiao, Ting Wang, Dairong Chen
ACS Applied Materials & Interfaces
Vol.: 8 (43), pp 29713-29720
DOI: 10.1021/acsami.6b10620
Autor: Inovação Tecnológica