Pesquisadores de Cingapura desenvolveram uma cola inédita, que gruda apenas quando ativada por uma pequena corrente elétrica.
Terry Steele e seus colegas da Universidade Tecnológica de Nanyang acreditam que o “adesivo elétrico” pode ser um divisor de águas em áreas de fabricação tão diversas quanto os implantes biológicos e os automóveis.
O novo adesivo é um gel líquido que “cura” para formar uma ligação polimérica quando uma tensão de menos de dois volts é aplicada a ele.
A cura é período de tempo que leva para uma cola atingir sua força total de adesão depois de seca. A cola interrompe a cura assim que a corrente é desligada, o que permite ajustar sua força e flexibilidade apenas variando a tensão e a duração da aplicação da eletricidade.
Adesivos rápidos
Os adesivos rápidos são largamente usados na indústria, sendo normalmente ativados por luz, calor ou catalisadores químicos, cada um com suas vantagens e limitações, que incluem os materiais que podem ser colados e os ambientes de aplicação.
Segundo Steele, apesar de sua importância econômica, tem havido pouca inovação no campo durante décadas.
A nova cola elétrica é um líquido de baixa viscosidade e alta fluidez, o que permite cobertura adequada e posicionamento exato dos materiais a serem unidos.
Seus usos potenciais incluem dispositivos biológicos para os quais os adesivos foto ou termo-fixados são problemáticos, como bioeletrônica ou eletrônica de polímeros projetados para fixação em tecidos vivos.
Além dos usos biomédicos, o novo adesivo pode tornar as linhas de montagem de automóveis mais eficientes e mais simples, uma vez que as colas de cura rápida usadas pela indústria exigem equipamentos caros e de alta manutenção, afirma Steele.
Autor: Inovação Tecnológica