Este protótipo de capacete promete proteger a cabeça dos ciclistas usando unicamente derivados de madeira. [Imagem: Cellutech]
Capacete de madeira
Talvez em breve possamos dizer adeus ao poliestireno, o material à base de petróleo que é usado para fazer o conhecido isopor e outras espumas.
No que parece ser um capacete comum de ciclista, engenheiros suecos substituíram o isopor por um novo material de absorção de choques renovável e biodegradável, inteiramente fabricado a partir da madeira.
O capacete-conceito é uma tentativa de chamar a atenção para as possibilidades de utilização da celulose de madeira como uma alternativa sustentável ao isopor e outras espumas de polímeros sintéticos, segundo o professor Lars Wagberg, do Instituto Real de Tecnologia, que desenvolveu a espuma de madeira juntamente com seu colega Lennart Bergström.
“Já existem capacetes de madeira por aí, mas o que é único aqui é que este é feito totalmente de produtos florestais – nada mais. A camada externa é madeira folheada, as tiras são feitas de papel extra forte e a espuma é feita de fibras de celulose,” disse Wagberg.
Espuma de celulose
A produção do capacete de madeira começa com nanofibras de celulose, ou fibrilas, que são modificadas e misturadas com um agente de formação de espuma, água e ar.
Através de um processo conhecido como “estabilização Pickering”, estas nanopartículas estabilizam as bolhas de ar de forma mais eficiente do que o tradicional uso de surfactantes, criando um produto que a dupla batizou de Cellufoam, algo como espuma de celulose.
O material resultante é muito forte e flexível – de fato, alguns bioplásticos com fibras vegetais superam a fibra de carbono.
Segundo Wagberg, usando diferentes tipos de tratamento e combinações com outros materiais, a espuma de celulose poderá se tornar adequada para materiais retardadores de chamas, filtragem de água e superfícies antibacterianas.
Autor: Inovação Tecnológica