Assim que foi inaugurada, a ciclovia solar de Amsterdã, a primeira do mundo, chamou atenção pelo brilho noturno inspirado no quadro A Noite Estrelada, de Vincent van Gogh. Mas um ano após ter sido implementada, ela comprova ser muito mais do que um projeto estético.
Construída por meio de financiamento coletivo, a estrutura está demonstrando ser mais eficiente do que os resultados iniciais de testes laboratoriais: cada metro quadrado de ciclovia solar gera 70 quilowatts/hora, quantidade de energia que consegue abastecer três casas.
Além de comprovar que se trata de um investimento viável, é possível que a ciclovia se pague em 15
anos. A energia solar transformada em eletricidade pode abastecer veículos elétricos, alimentar estações de atendimento e iluminação ou ser enviada às redes de transmissão de eletricidade.
Está nos planos dos desenvolvedores holandeses a criação de pistas e estradas com o mesmo sistema, porém mais aprimorado, já que células fotovoltaicas teriam que ser incorporadas nos pavimentos para que uma grande área seja produtiva, sem a necessidade de espaços extras.
Como funciona a ciclovia solar?
O SolaRoad, como é chamado o sistema da ciclovia solar, está instalado nos subúrbios de Krommenie e Wormerveer, na capital holandesa. Ele foi criada por uma equipe de engenheiros, que tiveram de desenvolver um material translúcido, durável e resistente – algo completamente diferente dos painéis solares instalados nos telhados das casas.
Os módulos de concreto são montados como LEGO, com uma camada integrada de células solares de silicone cristalino. Para assegurar que as células conseguissem capturar os raios solares, as placas foram cobertas com uma camada de vidro de uso industrial. Uma outra camada de plástico garante que a ciclovia seja antiderrapante.
Já o efeito luminoso das placas é conseguido graças aos seixos coloridos que absorvem a luz solar durante o dia e se iluminam à noite, criando um visual semelhante à obra de Van Gogh.
Autor: Blog da Engenharia