A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) promete iniciar, em 2018, um novo curso de Engenharia em Santos. Serão 60 vagas para graduação de Engenheiro Generalista, com duração de quatro anos. Depois, o aluno precisará fazer mais dois anos de especialização na área que pretende, como Civil ou Mecânica, por exemplo. Ainda não se sabe quais especializações estarão disponíveis na Cidade.
O acesso será por meio de vestibular e as aulas gratuitas serão no Colégio Cesário Bastos (esquina das Avenidas Ana Costa com Rangel Pestana). No local, a USP mantém, desde 2012, 50 vagas no curso de graduação em Engenharia de Petróleo. A universidade afirma que está investindo na infraestrutura laboratorial da escola.
O diretor da Poli/USP, professor José Roberto Castilho Piqueira, explica que esse curso generalista para engenheiros ainda não existe no Brasil, portanto Santos será pioneira na nova formação.
“Queremos dar nossa contribuição para a Baixada Santista. Santos e região estão em um grande desenvolvimento tecnológico e vão precisar de engenheiros com ampla formação para que possam progredir. A ideia é expandir, logo o novo conceito estará em todas as escolas”, afirma Piqueira.
O diretor explica que o teor do curso será amplamente detalhado para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea). “Vamos conversar porque o Crea não está acostumado com esse padrão de curso”.
Parceria internacional
A graduação generalista será feita em parceria com o Groupe das Écoles Centrales. Trata-se de um grupo de escolas de Engenharia da França que propõe a formação de profissionais globalizados.
Professores dessas escolas francesas darão aulas no curso, junto com docentes da USP. A ideia é que a graduação seja ministrada em três línguas – português, francês e inglês.
“Isso já é constante na Europa. É uma Engenharia com formação multidisciplinar, não aquela tão especializada. Mesmo porque, Engenharia Civil também requer conhecimentos de mecânica, automação etc”, frisa Piqueira, detalhando que os formados terão qualidade internacional para lidar com questões mundiais e serão duplamente diplomados, com possibilidade de atuar na Europa.
“Somos parceiros do Groupe desde 2000. São mais de 15 anos de uma relação de colaboração e pesquisa. A Poli já tem mil engenheiros duplamente diplomados, atuando principalmente na Espanha”.
Autor: A Tribuna