“Uma nova geração de arranha-céus verdes poderia ajudar a aliviar as mudanças climáticas em todo o mundo.”
Quem afirma é Kheir Al-Kodmany, professor de planejamento e políticas urbanas da Universidade de Illinois, em Chicago.
Segundo o arquiteto, conforme prédios cada vez mais altos servem mais pessoas e exigem mais do meio ambiente e da infraestrutura, qualquer melhoria na sua concepção e construção vai beneficiar as cidades.
“O longo ciclo de vida de um arranha-céu justifica o custo inicial de características verdes, sejam elas incorporadas em edifícios novos ou na adaptação de edifícios antigos”, defende Al-Kodmany.
Para isso é necessário o uso de novos materiais e tecnologias, a maioria já disponível, com potencial para tornar as ecotorres mais comuns na paisagem das cidades.
Essas tecnologias, segundo Kodmany, incluem madeiras comprimidas resistentes ao fogo prontas para serem usadas em edifícios de até 30 andares, supercabos de carbono para elevadores extremamente altos e heliostatos, espelhos computadorizados que maximizam a luz refletida.
Além, é claro, dos tradicionais jardins verticais.
Ecotorres ecoicônicas
Al-Kodmany afirma que as ecotorres poderão prevalecer entre os novos projetos, apesar de restarem muitas dúvidas sobre seu potencial de comercialização e das eventuais alterações necessárias nas regulamentações e nas normas técnicas sobre construção civil.
“O aumento da demanda irá moldar o futuro,” defende ele. “Em última análise, a ecotorre que incorpora a tecnologia de uma era, a cultura local e o meio ambiente, mantendo a viabilidade econômica, irá definir o caminho.”
O especialista em urbanismo afirma que a tecnologia verde está impulsionando “novas estéticas”, e ele chama alguns arranha-céus inovadores de “ecoicônicos”.
“Um edifício alto é uma parte integrante da infraestrutura da cidade,” diz ele. “O verdadeiro arranha-céus verde é aquele que forma relações simbióticas com os aspectos sociais, econômicos, ambientais e de transporte do seu contexto urbano.”
Autor: Inovação Tecnológica