I. Como se em resumo
O início
(Nota introdutória: se a alguns possa parecer estranho o recurso a palavras que permanecem no imaginário popular, apesar de terem sido submetidas a um processo de eliminação da literatura técnica, informo que sua utilização é intencional e visa recuperar muito da cultura ferroviária que se tentou destruir, de forma criminosamente planejada, ou, como nas palavras de Milton Santos, “a questão urbana, como a questão territorial, tem o seu próprio vocabulário, que a gente recria com a história. É um vocabulário que não se pode deixar envelhecer” )
Trinta e dois anos decorridos desde quando, em 1983, a FEPASA, ao planejar a instalação de um bicicletário na estação Jandira, iniciou um processo pioneiro de integração modal dos serviços suburbanos de passageiros com os “modos urbanos ativos” (erroneamente intitulados como “não-motorizados” no Código de Transito Brasileiro).
O bicicletário de Jandira foi uma experiência inovadora. Surgiu como subproduto do programa de integração física e tarifária entre os serviços suburbanos da FEPASA e os ônibus municipais de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi. Na época, os serviços, em processo de reestruturação, atendiam ao projeto elaborado, no início dos anos 70, pelo Consórcio Engevix-Sofrerail, programa que promoveu a mais radical reestruturação dos serviços de passageiros ferroviários do país.
Em 1983, a FEPASA iniciou abrangente programa de reestruturação administrativa, separando os transportes ferroviários em três centros de custo – carga, longo percurso e subúrbios – possibilitando que, nos anos 90, o processo de privatização dos serviços ferroviários pudesse ser implementado separadamente para estes três setores.
No entanto, a concepção de que serviços de passageiros eram apenas deficientes encargos sociais que deveriam ser assumidos, a contragosto, pela ferrovia, permanecia no entendimento de alguns dos técnicos que passaram a operar o transporte suburbano. Tal fato explica o muito da resistência inicial interposta às propostas de novas formas de acesso dos passageiros às estações. No horizonte, a noção de que com mais passageiros e mais gratuidade, maiores os prejuízos.
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Autor: Reginaldo A. de Paiva