Autoridades governamentais, cientistas e empresários do Brasil e da China reuniram-se para debater parcerias na área de ciência e tecnologia.
A conclusão do evento 2º Diálogo de Alto Nível em Ciência, Tecnologia e Inovação é que as áreas mais promissoras para parcerias entre os dois países são as de novas energias e materiais, ciências agrárias, tecnologia da informação, internet e ambientes de inovação.
Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Aldo Rebelo, e da Ciência e Tecnologia da China, Wan Gang, assinaram acordo de cooperação na área de parques tecnológicos, o que pode estreitar ainda mais a relação entre os dois países.
“Acho que os parques tecnológicos são a forma concreta de dar um passo adiante para a inovação. Os parques são plataformas de troca de conhecimento, comunicação e espaço de trabalho conjunto. Tecnologia e inovação são o motor da economia nesses tempos modernos, em um mundo de grandes mudanças. Brasil e China, sendo países em desenvolvimento, precisam investir em inovação para colher desenvolvimento econômico”, destacou Wan Gang.
Parques tecnológicos
Os parques tecnológicos são áreas planejadas para concentrar empresas, instituições de ensino, centros de pesquisa e incubadoras de negócios, criando um ambiente propício à inovação.
Na China, os parques tecnológicos já respondem por 15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços do país), segundo o ministro chinês.
Entre os exemplos sucesso da parceria entre Brasil e China está a fabricação e lançamento conjunto dos Satélites Sino-brasileiros de Recursos Terrestres.
Outra iniciativa importante é o projeto de parceria entre os laboratórios de nanotecnologia (estudo de manipulação da matéria em escala atômica e molecular) dos dois países, que tenta usar os resíduos da produção de álcool e açúcar para gerar materiais que possam substituir o carvão no tratamento de água. Os esforços já resultaram na criação de um carbono nano-absorvente, feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar.
Autor: Agência Brasil