Programa Madeira é Legal vai apresentar seus trabalhos na maior feira de construção civil da América Latina

• Iniciativa que reúne 23 organizações do Estado de São Paulo terá estande na Feicon Batimat;

• Ações buscam mostrar os benefícios do uso de madeira legal e certificada no setor da construção.

As entidades signatárias do Programa Madeira é Legal, cujo objetivo é promover o uso da madeira legal e certificada junto ao setor da construção civil, estarão presentes na 21ª edição do Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat), que ocorre entre os dias 10 e 14 de março em São Paulo (SP).

O Programa Madeira é Legal vai apresentar, na ocasião, um estande em que estarão expostos diversos trabalhos e resultados atingidos pelas entidades, assim como mostras de espécies madeireiras sustentáveis que podem ser utilizadas pelo segmento da construção civil.

Além disso, uma série de atrações específicas estará disponível no estande, como um totem interativo com os conteúdos das publicações sobre os Programas AMAZÔNIA e o MADEIRA É LEGAL e também dos produtos FSC; e um estúdio que será estruturado pelo Sinduscon-SP (mais detalhes abaixo).

A participação na Feicon Batimat é uma promoção do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), do Sindicato do Comércio Atacadista de Madeira de São Paulo (Sindimasp), do WWF-Brasil e Rede Amigos da Amazônia (RAA)/Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Faculdade Getúlio Vargas (GVceapg/FGV). A ação possui apoio da Comunidade Europeia.

Estúdio ao vivo

Para disseminar as ações, debates e reflexões que serão gerados no estande, o Sinduscon-SP montou no local um estúdio de tevê online. Os internautas poderão acessar conteúdos, interagir e postar opiniões. Com canal dedicado no YouTube e conexão via site da entidade, que conta com mais de 250 mil visitantes únicos/mês.

“O consumidor hoje exige das construtoras a utilização de materiais que respeitem e preservem os recursos naturais. É nossa obrigação, como entidade, disseminar as boas práticas do setor e conectar o mercado aos empreendimentos que trazem esse DNA”, afirmou José Romeu Ferraz Neto, presidente do Sindicato da Construção.

“Estamos contribuindo para que o setor da construção civil seja um agente de mudanças capacitando empresas e profissionais para a aquisição responsável de madeira. Buscamos informações técnicas, fornecedores e parceiros que pudessem nos ajudar, disto resultou a publicação de manuais, eventos e parcerias que resultaram no Programa Madeira é Legal. Programa este, de grande importância para o SindusConSP,” completa o presidente da entidade.

Mostra de produtos

Na programação está prevista uma agenda com temas estratégicos como: compras públicas, mercado certificado, o Cadastro de Comerciantes de Madeira do Estado de São Paulo (Cadmadeira), e a cadeia produtiva da madeira legal e certificada. Também estão previstas mostras de produtos florestais certificados e a estruturação de uma plataforma de comércio entre os integrantes desta cadeia produtiva.

Segundo um dos operadores do programa, o analista de conservação Ricardo Russo, do WWF-Brasil, a participação na Feicon Batimat é uma grande oportunidade de mostrar, para o setor da construção civil, as possibilidades existentes no uso da madeira legal e certificada.

“Utilizando madeira de boa origem, os empresários e organizações ajudam na manutenção das florestas brasileiras, colaboram com a geração de renda de comunidades extrativistas e agregam valor aos seus produtos. Existe uma série de benefícios em seu uso”, disse Ricardo.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estarão presentes no estande do Programa Madeira Lega exibindo amostras de madeira utilizadas na construção civil. Serão apresentadas amostras de espécies comumente utilizadas e outras menos conhecidas, sugeridas como alternativas àquelas pressionadas pela alta comercialização. Os pesquisadores poderão explicar ao público as diferentes propriedades e usos das espécies para o mercado, difundindo as características e vantagens deste material. Os interessados poderão manusear, comparar as amostras e ver, com o auxílio de uma lupa, as diferenças anatômicas entre as espécies, as quais conferem uma gama de utilização para a madeira.

Além disso, o IPT apresentará o Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil – uma lista de espécies madeireiras, originárias de operações florestais sustentáveis, que podem ser utilizadas no mercado para aumentar o uso sustentável deste recurso. A publicação foi elaborada sob a coordenação do engenheiro florestal Márcio Nahuz.

Consciência

Para a Secretária Executiva do FSC Brasil, Fabíola Zerbini, o setor da construção civil tem responsabilidade direta na conservação da Amazônia.

“O setor da construção civil é um dos maiores consumidores de madeira nativa do país. Suas atitudes, portanto, tem impacto direto na Amazônia. Por isso é fundamental que ele tome consciência da sua força, adquirindo madeira responsável para suas obras e se comprometendo com melhores práticas pela proteção do bioma amazônico”, afirmou.

O representante do SINDIMASP, Rafik Saab Filho, afirmou que existe uma série de ações que o setor da construção civil pode pôr em prática para aliar o uso da madeira aos princípios da sustentabilidade – como diminuir o desperdício e a má-utilização de resíduos; e promover a reutilização e a reciclagem.

“O uso sustentável da madeira é um processo onde todos devem participar de forma conjunta, na produção, na comercialização, no consumo consciente, na segregação e destinação correta dos resíduos gerados”, afirmou.

Madeira é Legal

O Programa Madeira é Legal foi criado em março de 2009. Ele é um protocolo de cooperação assinado por 23 instituições, e tem como objetivo incentivar e promover o uso da madeira de origem legal e certificada no estado de São Paulo.

Entre as diversas ações implementadas pelo programa estão a publicação de livros e manuais; a realização de capacitações para associações de classe, como construtoras e incorporadoras; a promoção de um workshop internacional com produtores da Colômbia; a realização de um estudo de viabilidade para aperfeiçoar a tributação da madeira no Estado de São Paulo; e participação em feiras especializadas.

São signatários do Programa Madeira é Legal: os governos Estadual e Municipal de São Paulo, Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon–SP), a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (APEOP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), o WWF-Brasil, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a Associação de Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA), o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP), a Associação de Pequenas e Médias Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo (APeMEC), o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil), o Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo (SINDIMASP), a Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM), o Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo (SINDIMOV), a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), o Instituto de Engenharia, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o Instituto São Paulo Sustentável (Movimento Nossa São Paulo), além da ABIMCI, ABIPA, CIPEM e o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal.

Autor: Assessoria de imprensa