O presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid, revelou que a Odebrecht, construtora do Itaquerão, vai usar dois guindastes de menor capacidade para alçar uma nova peça de metal na cobertura do estádio. Como só há um guindaste LR11350 (o que era usado no momento do acidente) em toda a América Latina, é mais viável usar dois menores.
Eid também falou sobre o acidente. Segundo ele, todos os procedimentos cabíveis foram feitos durante a obra e o guindaste era preparado para suportar possíveis desnivelamentos do solo, o que rechaça as especulações de que essa teria sido a causa do acidente.
“Não vi nada que pudesse desagradar. Procedimentos foram feitos, e a engenharia foi aplicada ao sistema. Mas alguma coisa aconteceu. Apesar de seguir todos os procedimentos, algo está errado ou não teria caído”, disse ao Globoesporte.com.
“A máquina tem um suporte, que aguenta alguns desequilíbrios (referindo-se a desníveis do solo). Ela travaria (se houvesse o desnivelamento), mas não travou. O que posso dizer é que não vi nenhum problema aparente. Mas preciso aguardar os laudos técnicos. Há várias possibilidades, como o caso do desnível ou até mesmo de um vento forte”, emendou.
Dois técnicos da empresa que fabrica o guindaste virão a São Paulo para abrir a ‘caixa-preta’ do equipamento. Com ela, será possível explicar as causas do acidente que matou dois operários na último quarta-feira, e esclarecer de houve falha do operador.
“O operador precisa ser especializado. Estes que trabalham aqui são altamente treinados. Mas também não podem fazer movimentos que o aparelho não permita. Isso especificamente eu quero ver com o pessoal da Alemanha, para ver o que ocorreu no equipamento”, finalizou.
Autor: Goal
