Alma totalmente antenada vê melhor o Universo

A 66ª antena do telescópio ALMA, a bordo de um dos veículos responsáveis por reformatar o observatório, espalhando ou ajuntando as antenas.[Imagem: ESO/M. Marchesi]


A última antena do radiotelescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) acaba de ser entregue, completando a montagem do observatório.

Esta é a sexagésima sexta e última antena.

As antenas do ALMA são móveis, podendo ser rearranjadas desde configurações supercompactas, todas comprimidas em um espaço de 150 metros, até configurações nas quais as antenas se espalham por uma área de 16 quilômetros quadrados.

No final de 2013, as 66 antenas rádio de alta precisão, que operam nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, estarão trabalhando como um único telescópio, numa rede que se estenderá até 16 quilômetros, no planalto do Chajnantor no deserto do Atacama, no norte do Chile.

O Observatório ALMA foi oficialmente inaugurado pelo Presidente do Chile, Sebastián Piñera, em março de 2013. O evento marcou o final da construção dos principais sistemas do telescópio gigante e o início da fase científica.

Com a entrega da última antena completa-se a fase de construção de todo o complexo.

O ALMA deverá ajudar a responder importantes questões sobre as nossas origens cósmicas.

O telescópio observa o Universo entre a radiação infravermelha e as ondas rádio do espectro eletromagnético. A radiação nestes comprimentos de onda é emitida não só pelos objetos mais frios do cosmos, mas também por alguns dos mais distantes, incluindo nuvens frias de gás e poeira onde estão se formando novas estrelas e galáxias situadas no limite do Universo observável.

O Universo encontra-se relativamente mal explorado no submilímetro, já que este tipo de telescópio necessita de condições atmosféricas extremamente secas, tais como as encontradas no Chile, de muitas antenas grandes e de tecnologia de detecção avançada.

Autor: Inovação Tecnológica