Não há dúvidas de que laboratórios são mais radicais do que um escritório. Mesmo assim, há locais extremos que fazem com que os cientistas arrisquem sua segurança e seu conforto em nome da ciência. Confira 7 exemplos de laboratórios que levam pesquisadores às extremidades do mundo (e além):
IceCube Neutrino, na Antártica
O laboratório mais frio do mundo, feito para detectar neutrinos (partículas subatômicas que originam fenômenos astronômicos gigantes, como supernovas) fica abaixo da superfície da Terra, sob uma grossa camada de gelo. Suas instalações ficam a até 2,450 metros de profundidade e seus módulos se estendem por um km cúbico de gelo. Diariamente, as pesquisas produzem um terabyte de dados – dos quais 100 gigabytes são analisados.
Laboratório Nacional Brookaven, Long Island, EUA
O laboratório que mais produz calor, casa do Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC), já gerou uma temperatura de 4 trilhões de graus celsius (a maior temperatura já criada por humanos). Tudo isso foi feito através da colisão de íons de ouro com uma velocidade aproximada à da luz. Isso criou quark-gluon plasma, uma sopa de partículas elementares que só existiu na natureza uma fração de segundo após o Big Bang.
O laboratório pirâmide, no Parque Nacional Sagamartha, Nepal
No alto do Himalaia, em um parque do Nepal, fica um laboratório de três andares em forma de pirâmide. Feita de vidro, ferro e alumínio, a estrutura fica a mais de 5 mil metros do nível do mar, na base do Monte Everest, sendo o laboratório terrestre masi alto do mundo. Ali são feitas pesquisas sobre geologia, clima, ecologia e até sobre a fisiologia humana.
Estação Oceanográfica Aquarius, na Flórida
O único laboratório submerso ainda em operação, o Aquarius fica 18 metros abaixo da superfície da água, no santuário marinho de Florida Keyes. Abriga centistas que estudam a ecologia dos corais no local. Sua estrutura inclui seis beliches e dois banheiros. A Nasa já usou o local para treinar astronautas para a solidão e o ambiente sem peso do espaço.
CERN, em Genebra, fronteira entre Suíça e França
O maior laboratório de física de partículas se expande por 100 hectares de terra suíça mais 450 hectares de território francês. O próprio Grande Colisor de Hádrons (LHC), localizado dentro do laboratório, tem um comprimento de 27 quilômetros. E os planos apontam para a construção de um outro túnel três vezes maior. Cerca de 10 mil cientistas e engenheiros de 113 países usam suas instalações.
SNOLAB, em Ontario, no Canadá
O laboratório mais profundo sob a terra observa fenômenos espaciais debaixo da superfície. Ele fica dentro de uma mina de níquel a 2km de profundidade. O tamanho total do laboratório é de 5 mil metros quadrados debaixo da terra e de 3100 metros quadrados na superfície. As pesquisas por lá são focadas em física de astropartículas, incluindo buscas por matéria escura, neutrinos solares de baixa energia e buscas por neutrinos de supernovas.
Estação Espacial Internacional
Fica no espaço, orbitando a Terra a uma altitude de 330 a 435 quilômetros, chegando à velocidade de 27,724 km/h. A estrutura tem 72,6 metros de comprimento e 108,5 de largura e é usada para uma grande variedade de experimentos nos campos da biologia humana, meteorologia, física e astronomia. Astronautas de 15 países já visitaram a EEI desde novembro de 2000 – espera-se que ela continue operando até 2020, embora sua vida útil esteja estimada para acabar em 2028.
Autor: Galileu