Os bueiros da capital estão ganhando placas metálicas com códigos de barras desde o início deste ano. O sistema armazena dados sobre as últimas limpezas e fornece a localização da boca de lobo por GPS. Essas informações podem ser cruzadas com o mapa dos pontos de alagamento mais frequentes para montar um calendário de manutenção mais eficaz, o que pode ajudar a reduzir as enchentes.
O código de barras pode resolver outro problema: determinar o número exato de bueiros da cidade. As empresas responsáveis pela limpeza urbana estimam 500 mil. Até agosto, 75 mil placas com códigos de barras devem ser instaladas na região noroeste, área de atuação da Inova. Já a Soma, responsável pela porção sudeste, pretende testar a eficiência da tecnologia em 1.200 bueiros antes de espalhá-la.
“Com o final do período de chuvas teremos uma avaliação técnica mais precisa sobre a viabilidade e eficiência da tecnologia para o aprimoramento do serviço de limpeza”, informou a Soma, em nota.
Placas metálicas já podem ser vistas ao lado de bocas de lobo em pelo menos 71 pontos de alagamento considerados críticos, segundo as duas empresas. Os funcionários responsáveis pela limpeza carregam um aparelho, similar a um smartphone, que lê o código e fotografa o bueiro para depois elaborar um relatório.
O contrato das concessionárias estabelece a periodicidade das limpezas. No verão, o serviço precisa ser feito imediatamente após a chuva em alguns pontos. É o que acontece na Rua Silva Jardim, no Belém. As enchentes são tão frequentes na via que moradores instalaram comportas de 1 metro em portões. “Este é um dos 24 pontos críticos para alagamento. Na época da chuva, a limpeza é praticamente diária. As equipes ficam na rua para, assim que a água baixar, tirar a sujeira”, afirma o superintendente de Comunicação da Inova, Carlos Balote.
As placas metálicas têm garantia de 25 anos, segundo Balote, e são fixadas na guia com um tipo de cola usada na construção civil. / T.D.
Autor: O Estado de S.Paulo