Um mundo que queira se basear em energia limpa e ambientalmente correta deverá contar com uma série de pequenas usinas geradoras distribuídas, e não mais nas enormes plantas que concentram a geração de eletricidade atualmente.
A conclusão é de um estudo experimental realizado na Alemanha, não através de simulações, mas da interligação de usinas reais.
O conceito foi chamado de “usina virtual” por seus criadores, o Dr. Kurt Rohrig e sua equipe do Instituto de Energia Eólica e Tecnologia de Sistemas Energéticos (IWES, na sigla em inglês).
A usina virtual, chamada RegModHarz (Regenerative Modellregion Harz) já conectou via internet 25 pequenas usinas que, juntas, somam 120 megawatts de potência.
“Cada fonte de energia – seja vento, sol ou biogás – tem seus prós e seus contras. Se conseguirmos combinar habilmente as diferentes características das energias regenerativas, nós poderemos garantir o abastecimento de energia,” disse Rohrig, referindo-se à natureza variável sobretudo das energias eólica e solar.
União faz a força
Para fazer a RegModHarz funcionar, a equipe desenvolveu um plataforma de software que permite que os operadores de pequenas usinas geradoras trabalhem em conjunto como se fossem uma única grande usina.
Como sistema de armazenamento simulado, eles usaram veículos elétricos, que podem guardar energia em suas baterias para vender à noite, quando não estão em uso, e um sistema de bateria de fluxo químico.
O controle central permite reduz as desvantagens da natureza instável das fontes alternativas de energia.
Quando as pequenas usinas operam em conjunto, as diferenças regionais quanto ao vento e à incidência do Sol são balanceadas pela operação de termelétricas a biogás ou valendo-se da energia armazenada.
Os cientistas estão agora utilizando a usina virtual para modelar em detalhes o novo sistema de fornecimento de energia, sobretudo a quantidade e a distribuição das pequenas usinas geradoras, e as potências mínimas com que devem operar.
Outro elemento importante é determinar como a usina virtual atenderá aos padrões da rede de distribuição atual – tensão de 230 volts e frequência de 60 hertz, por exemplo.
O projeto está sendo bancado pelo governo alemão em parceria com diversos institutos de pesquisa, universidades e empresas.
Autor: Inovação Tecnológica