Agrotóxicos passam a ser vendidos somente com receita, no Amazonas

Os engenheiros agrônomos e florestais passam a emitir uma receita para a compra de agrotóxicos. Após vários debates, o Conselho Regional de Engenharia, com o apoio de outras instituições, implantou nesta quarta-feira (10) o chamado receituário agronômico.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Amazonas (CREA/AM), Firmino Neto, explicou a nova medida. “É como se, por exemplo, você pudesse comprar um remédio na farmácia sem a receita de um médico. O receituário agronômico traz a mesma ideia”, disse.

A anotação de responsabilidade técnica é composta por 30 receitas em três vias cada uma, e vai custar ao agricultor R$ 40. Somente os engenheiros agrônomos e florestais poderão solicitar as guias. “É importante que o agricultor saiba os equipamentos que devem ser utilizados, e ele só terá consciência disso quando tiver o profissional assessorando este produtor na hora da aplicação”, explicou o engenheiro agrônomo, Carlos Alonso Queiroz.

A Agência de Defesa Agropecuária do Amazonas irá acompanhar o trabalho dos engenheiros e a Secretaria de Produção Rural (Sepror) vai orientar os agricultores, em especial, os pequenos produtores. “Todos nós temos uma composição maior no Estado. 94% são agricultores familiares que geram alimentos para todo o consumo local, mas eles vão ser automaticamente mobilizados para ter o entendimento de quando utilizar os agrotóxicos. Por isso, o receituário agronômico sendo implantado com a ação do CREA, irá fazer com que todos possuam o conhecimento”, completou o secretário executivo adjunto da Sepror, Airton Schneider.

Autor: G1