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Esqueça tudo o que você já ouviu sobre aeronaves do tipo asa voadora como o bombardeiro B-2 ou o caça F-117. Pesquisadores da Universidade de Miami estão trabalhando em um jato em forma de estrela capaz de voar em duas direções diferentes – e não estamos falando em ir para a frente e para trás, mas sim em ir para frente e para outra frente.
O projeto – ainda em fase de modelagem computadorizada – foi custeado pela NASA, e tem um eixo longo e outro mais curto perpendicular ao longo. Há dois cockpits: um na ponta de cada eixo.
Em decolagens e cruzeiros de velocidade baixa o avião pode usar a envergadura maior para sustentação, com as pontas dobradas para cima para estabilização vertical. Depois pode girar 90 graus para usar a envergadura curta e viajar realmente rápido. Os cientistas preveem que a mudança de direção será suave; praticamente imperceptível de dentro do avião.
Aqui está o truque: os cientistas acreditam que o formato diferente da aeronave e a envergadura curta para altas velocidades vai eliminar a explosão sônica ouvida quando aviões supersônicos convencionais quebram a barreira do som. Se isso não chamar a atenção dos fabricantes de drones (aviões não-tripulados), não sei o que chamaria. Imagine um drone capaz de tirar fotos ou atacar ou fazer qualquer coisa que eles fazem, depois disparar em um voo supersônico sem todo aquele barulho de bomba atômica produzido por esse tipo de avião.
Deve levar algumas décadas até vermos esse negócio voando por aí, mas se alguém com muita grana tiver interesse, o prazo pode diminuir. Ele também é planejado para consumir bem menos combustível, então não é impossível que ele seja melhor para levar passageiros que o saudoso Concorde.
Mesmo que o projeto não dê certo, esses aviões podem ser uma inspiração matadora para games e quadrinhos. De qualquer jeito, todos ganham.
Autor: Jalopnik
