Prefeitura apresenta três áreas para ter USP

Há 62 anos, Antonio Pescarini, 81, passava no vestibular na recém-inaugurada faculdade de engenharia civil da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos. Era a chegada da primeira turma, com apenas 39 alunos aprovados para um total de 50 vagas e que abria caminho a quem buscava uma alternativa ao polo universitário concentrado na Capital.

Mais de meio século depois, a nova geração de engenheiros de Jundiaí talvez nem mais precise sair da casa dos pais e procurar uma república no Interior ou na Capital para estudar. A prefeitura negocia com a própria USP a instalação de uma faculdade de engenharia na cidade, aos moldes do que ocorreu há 60 anos em São Carlos.

A informação foi passada nesta quarta-feira pelo prefeito Miguel Haddad (PSDB), após a apresentação de um estudo encomendado sobre o posicionamento econômico e social do município, que vai servir para o planejamento da Aglomeração Urbana de Jundiaí, inclusive na oferta de ensino superior gratuito.

Pela primeira vez o prefeito falou sobre as áreas onde há estudos para a faculdade ser instalada, todas do governo do Estado: as Etecs (Escolas Técnicas) Vasco Venchiarutti e Benedito Storani e o Centro de Mecanização Agrícola, ligado ao Instituto Agronômico de Campinas.

Miguel, que recentemente esteve com o deputado estadual Ary Fossen (PSDB) em reunião com superintendente de Relações Institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, tem agendado um novo encontro com o representante da universidade, desta vez em Jundiaí, para os próximos dias. “A ideia é ter cursos que ajudem no perfil econômico da cidade”, disse o prefeito.

Há negociações também com a Unicamp (Universidade de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), mas é com a USP que as conversas estão mais próximas da realidade. “Por estar mais estruturada para o projeto”, afirmou.

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a USP não respondeu sobre a data para a visita de seus representantes.

Autor: Bom Dia Jundiaí