O técnico Wesley Bartoli, da empresa Desmontec, afirmou que a implosão do prédio localizado na favela do Moinho, no centro de São Paulo, não deveria ter sido parcial. A afirmação foi feita ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo.
A Desmontec foi a empresa contratada para fazer a demolição do imóvel, que foi atingido por um incêndio em dezembro e teve a estrutura comprometida.
Após a implosão –ocorrida dia 1º de janeiro–, parte do prédio permaneceu em pé. A prefeitura afirmou que esse era o esperado, uma vez que uma implosão maior poderia danificar as linhas da CPTM que passam ao lado, além de causar riscos às famílias da região.
Segundo Bartoli, no entanto, o planejado era a queda total do prédio. “Foi triste [ver que o prédio ficou em pé]”, afirmou o técnico. Segundo ele, foram usados apenas 400 kg de explosivos na implosão –a metade da quantidade necessária. A prefeitura havia anunciado que seriam usados cerca de 800 kg de explosivos durante os trabalhos.
De acordo com o técnico, o uso de mais explosivos poderia provocar lançamento de estilhaços e, por isso, os explosivos foram colocados apenas até o segundo pavimento.
Na última terça-feira, a Defesa Civil afirmou ter contabilizado 12 imóveis com danos em consequência da implosão. As casas passarão por vistorias e deverão ser reparadas pela prefeitura.
Após a implosão mal sucedida, a prédio será demolido. A previsão é que esse trabalho dure até 15 dias.
Autor: Folha.com