Dois prédios residenciais literalmente verdes estão sendo construídos em Milão, Itália. O Bosco Verticale (floresta vertical, em português) é um projeto de reflorestamento metropolitano que pretende contribuir com o desenvolvimento da biodiversidade no ambiente urbano. De acordo com reportagem do Daily Mail, são duas torres de 110 e 70 metros de altura que hospedarão 730 árvores, além de 5 mil arbustos e 11 mil plantas florais. Em um terreno plano, a área verde das torres seria equivalente a 10.000 metros quadrados de floresta.
As torres, que ainda estão em construção, são frutos da imaginação de um arquiteto renomado na Itália, o Stefano Boeri, da Boeri Studio. O modelo opera de acordo com as políticas de reflorestamento das fronteiras urbanas do país. De acordo com o arquiteto Michele Brunello, que dirige o projeto, a ideia surgiu em 2006, enquanto procurava junto a sua equipe um local para plantio de árvores.
– Nós imaginamos um edifício que tivesse a paisagem dentro dele – explicou ao Daily Mail. – A utilização de áreas verticais é uma forma de inserir espaços verdes na área urbana sem que seja preciso expandir o território da cidade.
O edifício foi concebido como uma floresta vertical que possa atuar como filtro para a poluição do tráfego, além de proporcionar fachadas diferentes ao empreendimento a cada estação – com novas plantas nascendo na primavera e cores ricas sendo exibidas durante o outono.
O preço dos apartamentos varia de £ 560.000, com 80 metros quadrados, a £ 1,7 milhão, no caso de uma cobertura de 200 metros quadrados, com vista impressionante da cidade.
A segurança do edifício também foi testada. Afinal, se uma árvore fosse derrubada por uma ventania, como essas típicas que acontecem no Rio, por exemplo, poderia causar grandes acidentes.
– Nós usamos turbinas para testar a força de várias árvores e ter a certeza de que tínhamos as espécies certas para o edifício – afirma Brunello.
Quando a floresta vertical estiver concluída, até o final de 2012, a estrutura poderá abrigar a mesma quantidade de habitantes de 50.000 metros quadrados de expansão urbana convencional.
Autor: O Globo