O sucesso das estruturas metálicas se espalha de um lado a outro do planeta, mas poucos exemplos são tão exuberantes como a ponte Akashi-Kaikyo, no Japão. Ligação entre a cidade de Kobe e a ilha Awaji, ela é considerada a maior ponte suspensa do mundo. O vão central tem nada menos de 1.991 metros, sustentado por 290 feixes de cabos, cada um com 127 fios – todos de aço galvanizado.
Há mais de meio século, os cais, quebra-mares, pisos de pontes e outras obras de infraestrutura nas Ilhas Bermudas são construídas com aço galvanizado. De acordo com a Associação Internacional de Zinco (sigla em inglês IZA), painéis de aço galvanizado protegem a cobertura da Sydney Opera House, na Austrália. O Templo de Lótus, na Índia, foi construído com vergalhão galvanizado. Dez quilômetros de vergalhões galvanizados também foram usados nos túneis de saneamento de Cingapura.
Mas é na Europa e nos Estados Unidos que o emprego do aço galvanizado é mais difundido. Ele está presente no Edifício Crocker, em São Francisco, nos arcos decorativos do Banco do Havaí, em Waikiki, no Edifício Levi Strauss, na Califórnia, na Faculdade de Direito da Universidade de Georgetown, em Washington, e em pisos de pontes e estradas.
Há aço galvanizado também no Teatro Nacional, em Londres, na cúpula da maior mesquita da Europa, em Roma, na Itália, nos dutos da água de resfriamento da Central Elétrica de Spijk, na Holanda, e no viaduto Toutry e na Ponte Saint Nazaire, na França.
Na América Latina, os exemplos são mais escassos. Estruturas de aço galvanizado foram usadas na Central Termelétrica de Puerto Coronel e no Canal de Irrigação de Tinguiririca, no Chile. No Brasil, a sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre (RS), um projeto do arquiteto português Álvaro Siza para reunir a obra do artista plástico gaúcho, é a construção mais vistosa a utilizar o aço galvanizado combinado ao concreto branco. “Usamos perto de mil toneladas de estrutura metálica”, diz o engenheiro José Luiz de Mello Canal, que coordenou o projeto e vai adotar a tecnologia nas obras do Museu de Artes do Rio de Janeiro (MAR) na Praça Mauá. “Sempre tive muita preocupação com a durabilidade das obras, principalmente em prédios que são referência.” (P.V.)
Autor: Valor Econômico