O governo do Estado fez um acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para impedir que a poluição produzida por veículos que circulam pelo Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas contamine as áreas de proteção aos mananciais das Represas do Guarapiranga e Billings, na Grande São Paulo.
O alvo do acordo é a chamada “poluição por cargas difusas” – óleo dos veículos e restos de combustível ou partículas vindas do desgaste de carros e de caminhões que ficam depositadas no asfalto da rodovia. Com a chuva, esse material é escoado para fora do asfalto e pode parar no solo das áreas de proteção ambiental.
A proposta é que sejam criadas formas de impedir que a água das chuvas transporte esse material para fora da rodovia. Na primeira fase do estudo, que começou no fim de junho, técnicos do IPT vão determinar a quantidade de poluição emitida e os locais críticos de acumulação para, a partir daí, rever as estruturas de controle da pista.
Plástico. O estudo não leva em conta resíduos como embalagens plásticas ou, por exemplo, sacos de lixo deixados na rodovia. Esse material tem de ser recolhido pela SPMar, concessionária que administra a pista.
A estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa que contratou o estudo, estima gasto de R$ 1,9 milhão com a análise. Os recursos vêm do Estado, sem participação da SPMar. A Dersa não disse quando o trabalho vai ficar pronto nem se há previsão para o início de eventuais obras. É a primeira vez que um estudo desse tipo ocorre no País, segundo o IPT.
Autor: Estadão.com.br