A hospitalidade que encontram no Brasil é o que os turistas estrangeiros mais aprovam quando visitam o país: 98% deles a consideram boa ou muito boa. Em seguida, nas melhores avaliações estão a gastronomia (96%), os restaurantes (95%) e os hotéis (94%).
O item que menos agrada é o preço: apenas 60% dos visitantes avaliam como bom ou muito bom. Depois, estão rodovias (66%), telefonia e internet (74%) e sinalização (76%). Os aeroportos, um dos maiores focos de preocupação do governo, são bem avaliados por 81,1%.
Os resultados constam numa pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Universidade de São Paulo (USP). A entidade ouviu 39 mil visitantes nos principais aeroportos e pontos terrestres por onde deixam o país.
No ano passado, o Brasil recebeu 5,1 milhões de visitantes estrangeiros. A expectativa do Ministério do Turismo é que neste ano o país atinja o recorde de 5,4 milhões. Segundo a pesquisa, 70% chegam ao país por aeroportos e 27% via terrestre.
A pesquisa mostra que para 31,5% dos entrevistados, a viagem ao Brasil superou as expectativas, o que é tido como mais alto nível de satisfação. Segundo o Ministério do Turismo, o índice, apurado em 2010, é recorde. De 2004 a 2009, o percentual mantinha-se na faixa de 26,7%, em média.
Para 53,8%, a visita atendeu plenamente ao que esperavam. Outros 13% consideram que atendeu em parte as expectativas e 1,7% ficaram decepcionados. Para lazer, que representa 46% das viagens, os estados que lideram os destinos são, pela ordem de preferência, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Bahia.
O levantamento mostra que 46% dos visitantes vêm da América do Sul, 31% da Europa e 15% da América do Norte. Os europeus, porém, são os que gastam mais (US$ 1.614,50 por pessoa) e ficam mais tempo (24,3 dias por ano) no Brasil. norte-americanos gastam, em média, US$ 1.382,00 e ficam 19,5 dias. Já os sul-americanos gastam US$ 608,40 e permanecem 10,3 dias.
Ainda conforme a Fipe, em 2010, os turistas estrangeiros deixaram no país US$ 5,9 billhões. Neste ano, a projeção é que gastem US$ 6,7 bilhões.
Autor: G1