A empresa que será contratada emergencialmente, por seis meses, pela Prefeitura do Rio para inspecionar os bueiros da cidade terá a responsabilidade de monitorar 500 caixas de inspeção e 50 câmaras transformadoras por dia útil. Por mês, deverão ser fiscalizadas 10 mil caixas de inspeção e mil câmaras transformadoras.
A medida é uma tentativa de evitar novas explosões de bueiros –nos últimos 13 meses, pelo menos 19 explodiram nas zonas norte, sul e central.
Segundo o Crea-RJ, só a Light, concessionária de eletricidade do Rio, mantém 4.000 câmaras transformadoras –que são bueiros maiores, com transformadores– e 20 mil caixas de inspeção –bueiros menores, por onde passam apenas fios ou canos.
Outras concessionárias, como a CEG (companhia de gás do Rio) e empresas de telefonia, também usam bueiros para acesso à rede subterrânea.
Os requisitos para a contratação da empresa foram definidos hoje, em reunião entre representantes da prefeitura e do Crea-RJ.
O monitoramento deverá ser feito com detectores de gás (explosímetros), capazes de indicar a presença de gases inflamáveis e explosivos.
Quando for comprovada a presença de gás em quantidade que represente risco, a empresa fiscalizadora deverá informar imediatamente a prefeitura, as empresas concessionárias, as agências reguladoras do setor envolvido, o Crea-RJ e o Ministério Público.
O Crea-RJ vai divulgar em seu site oficial a abertura de inscrições para empresas interessadas em atuar nos serviços de monitoramento de bueiros.
As inscrições vão até as 18h do dia 21 de julho. No dia seguinte, a secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos enviará carta convite às empresas que atenderem os requisitos do termo de referência. Elas deverão apresentar suas propostas até as 18h de 27 de julho. A prefeitura então tomará as providências para a imediata contratação da empresa selecionada.
Autor: Folha de S.Paulo